Ministério lança campanha nacional contra tuberculose

O Ministério da Saúde lançou hoje, dia 21, campanha publicitária contra a tuberculose. Os 300 mil cartazes e 1 milhão de folders começam a ser distribuídos no sábado, dia 24, Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose. A campanha vai ao ar no rádio também a partir de sábado, até o dia 30. Na televisão, começa um dia antes e segue até 4 de abril.

Durante a cerimônia de lançamento, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lembrou que houve avanços no combate à doença no país. "Cerca de 80% dos [315] municípios onde a prevalência da doença é maior já estão sendo cobertos por essa política”, afirmou.

Segundo o ministério, aumentou também a cobertura de tratamento supervisionado no total de municípios que implantaram ações de controle da doença na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). A cobertura, que em 2001 não passava de 7%, chegou a 70%, no ano passado. Outro dado destacado pelo ministro é que o número de pacientes que abandonam o tratamento caiu de 12% em 2001 para 6,9% em 2006.

“Esse tratamento dura seis e meses e é absolutamente fundamental que a pessoa o cumpra até o final. Caso isso não seja feito, a bactéria [que causa a tuberculose - bacilo de Koch] pode apresentar resistência à medicação e esse paciente entra na fase crônica, com maior risco de seqüelas e até de vida”, afirmou.

O coordenador do Programa de Combate à Tuberculose do Ministério da Saúde, Joseney Santos, afirmou que o desafio é identificar precocemente os doentes que eliminam os bacilos ao tossir. “A meta é identificar precocemente pelos menos 70% desses doentes e curar 85% deles”, afirmou.

A doença

A tuberculose é transmitida pelo ar e pode atingir todos os órgãos do corpo, especialmente os pulmões. Os sintomas são tosse por mais de 21 dias, febre, suor noturno, dor no tórax e perda de peso.

Apesar dos avanços, Temporão enfatizou que ainda são registrados 80 mil casos de tuberculose no país por ano, com cerca de 5 mil mortes. Ela também ocorre como doença oportunista em 15% dos portadores de HIV. Para reduzir esses casos é importante manter a integração dos programas de controle da aids e da tuberculose.

Agência Brasil