Representantes de centrais sindicais sugeriram hoje ao relator do Orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF), que o mínimo seja elevado para R$ 580 no ano que vem. A proposta faz parte das negociações com o governo federal e a presidente eleita, Dilma Rousseff, para um aumento maior que os R$ 540 previstos no relatório da proposta orçamentária.
Segundo Lupi, a definição do valor do reajuste depende de estudos técnicos para avaliação de sua viabilidade. "Nós vamos ver agora com as contas da Fazenda e da Previdência o limite máximo que podemos dar", disse. Na opinião do ministro, a presidente eleita tenderá pelo maior valor possível, mas levará em conta o equilíbrio das contas públicas.
"Dilma Rousseff vai ficar mais próximo daquilo que for o máximo que for possível dar sem comprometer as contas do governo federal", afirmou. No entanto, os efeitos positivos de um aumento no salário mínimo tendem, de acordo com Lupi, a compensar o crescimento dos gastos.
"Quando você aumenta o salário mínimo aumentam os impostos, porque tudo é decorrente do salário-mínimo", afirmou.
O ministro ironizou a proposta da oposição de elevar o mínimo para R$ 600, como defendido durante a campanha pelo então candidato José Serra (PSDB). "Pena que eles só tiveram essa visão mais social agora", disse.
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