O juiz disse que uma transcrição secreta do júri "proporcionou evidências detalhadas" de que Jackson tentou fazer acordos para que a família do menino que o acusa de abuso sexual viajasse para o Brasil e que declarações da família indicam que "isto estava sendo feito contra a sua vontade". De acordo com o documento, Jackson disse que se reuniria com eles no Brasil. "Tomando a prova como correta, isto demonstraria a seriedade do crime e a maneira como acusado lida com situações difíceis", afirma o documento.
Melville também deu a entender que Jackson tentou conseguir de volta seu passaporte com as autoridades para poder viajar para a Inglaterra. Mesmo que não tenha feito a viagem, isso mostra que o cantor pode tentar sair do país antes de seu julgamento, marcado para 31 de janeiro, e nenhum "valor menor que US$ 3 milhões seria forte o suficiente para fazê-lo voltar e comparecer às audiências", escreveu o juiz.
O advogado de Jackson não comentou a decisão. Tanto os advogados de acusação, como os de defesa, estão proibidos de falar sobre o caso com a imprensa.
No pedido de redução da fiança, a defesa ressaltou as contribuições para obras de caridade feitas por Jackson, sua falta de antecedentes criminais e seus laços com o condado de Santa Barbara. O juiz reconheceu a ligação do cantor com a comunidade onde foi feito o pedido, mas disse que Jackson "é uma pessoa única que tem laços importantes em todo o país e em todo o mundo".
Sobre a falta de antecedentes criminais, o juiz disse que isso "pesa parcialmente", com as alegações anteriores de abuso sexual contra um menor, em referência a uma investigação de 1993 que foi encerrada após um acordo com a família acusadora.
Jackson, de 45 anos, se declarou inocente de ter cometido atos lascivos com um menor, oferecer substâncias tóxicas e conspirar para raptar uma criança, manutenção em cárcere privado e extorsão.
Estadão
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