A situação é tensa na manhã desta segunda-feira na aldeia dos Índios Pataxós, em Carmésia, a 200 km de Belo Horizonte (MG), onde dois funcionários da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) são mantidos reféns há mais de três dias.
Os reféns são o sociólogo Altino Barbosa Neto, chefe do distrito sanitário indígena da Funasa em Governador Valadares, que foi impedido de sair da aldeia no fim da tarde de quinta-feira, quando chegou para participar de uma reunião, e o coordenador técnico da área indígena da fundação, Antônio Divino de Souza. Divino foi detido quando chegou à aldeia para negociar a libertação do sociólogo.
Uma reunião estava marcada para às 9 horas na prefeitura da cidade entre coordenadores da Funasa e os quatro caciques da reserva, mas as lideranças indígenas não concordaram em fazer qualquer encontro fora da aldeia.
"Na conversa que nós (índios e Funasa) tivemos aqui, ficou combinado que as reuniões serão todas na reserva. É aqui que somos fortalecidos. Se a gente sair da tribo, a Funasa vai tentar enrolar agente", explicou a cacique Nete Pataxó.
Uma equipe formada por três funcionários da Funasa, entre eles o coordenador da fundação em Belo Horizonte, Ronaldo Cerqueira, está, desde a madrugada de hoje, hospedada em um hotel da cidade de Guanhães, próxima à reserva.
Oito policias federais de Belo Horizonte, entre eles um delegado, acompanham o grupo. O prefeito de Carmésia, Roberto Keller, está na aldeia Pataxó para acompanhar a negociação. Ainda segundo a cacique Nete Pataxó, os dois funcionários que estão presos no casarão-sede da aldeia, Altino Barbosa Neto e Antônio Divino, passam bem.
"Até mesmo o Divino, que não estava comendo, agora está bem. No sábado, a pressão dele subiu e ele passou mal. A gente insistiu para leva-lo no médico mas ele recusou", completou.
Terra Redação
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar