Uma dívida de droga, no valor de R$ 60, motivou o assassinato brutal de um adolescente de 14 anos, no município de Itabirito, na Região Central de Minas. Marcial Júlio de Oliveira foi executado com requintes de crueldade.
O garoto foi espancado com chutes, socos e pauladas, esganado até desmaiar e teve o corpo queimado ainda vivo.
Os três suspeitos de envolvimento no crime brutal, A L L, 20, o Abinho, M J H P, 30, o Na Capa, e J B S, 20, primo da vítima, foram presos e confessaram envolvimento no homicídio. Lima acabou assumiu a autoria do crime.
M estava desaparecido desde a quinta-feira e o corpo dele foi encontrado anteontem, em uma trilha da mata do Bairro Conceição, quase todo carbonizado.
Segundo o delegado Juliano Alencar, titular da Delegacia de Polícia Civil de Itabirito, desde o registro do desaparecimento do menor, surgiu a suspeita de que ele havia sido assassinado.
Os agentes já haviam levantado a motivação e chegado ao nome de dois dos suspeitos.
"Durante as investigações, recebemos denúncias do local onde o menor havia sido executado.
Nossa equipe o encontrou com as roupas abaixadas e sinal de tortura", contou o delegado.
Somente o laudo da perícia, feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) poderá apontar a causa da morte do adolescente.
Segundo A, o menor foi morto depois de cair em uma embosca, armada por A e executada pelo primo, J S. Durante depoimento, os suspeitos confessaram ter atraído o garoto até a mata.
As alegações deles à vítima, é que iriam cometer um roubo para que a dívida dele de droga fosse perdoada.
Já na trilha da mata, L disse ter espancado o garoto e dado pauladas na cabeça dele, que acabou desmaiando.
Ainda conforme o delegado, depois das agressões, L pediu ajuda a P. Os dois compraram meio litro de gasolina e seguiram para o local onde o menor foi deixado desacordado. "
A contou que ao chegar na mata, a vítima já havia recobrado a consciência e ainda tentou fugir.
Mas ele agarrou o garoto pelo pescoço e o esganou até ele voltar a desmaiar.
Quando o menor caiu, derramou o combustível no corpo dele e ateou fogo", informou o delegado.
Segundo ele, a alegação apresenta por L é que ele resolveu matar o adolescente depois que o agrediu, com medo do garoto ou algum familiar querer se vingar.
Ameaças
Marcial de Oliveira ficou com uma dívida com A L, que é suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas em Itabirito, depois de pegar uma droga que o rapaz havia escondido.
O fato ocorreu há cerca de duas semanas e assim que descobriu que o garoto subtraiu o entorpecente, ele deu um prazo para que o pagamento fosse feito até a quarta-feira (11). O menor, porém, não conseguiu quitar a dívida no tempo determinado.
Nas duas últimas semanas os familiares do adolescente vinham presenciando as cobranças de A L e as ameaças de morte que ele fazia contra o adolescente Marcial de Oliveira.
Os parentes contaram as polícia Militar e Civil que sabiam que o menor era usuário de drogas e que estavam tentando interná-lo, mas disseram que não tinham o dinheiro para quitar o débito com o traficante.
Os familiares afirmaram que desde que pegou a droga, Lima constantemente ia até a residência onde o garoto morava com a mãe, a avó e os irmãos, no Bairro Fênix, exigir o pagamento dos R$60.
Uma tia chegou a propor pagar o valor, mas o criminoso não quis esperar.
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