Contudo, a A ONG internacional Human Rights Watch, calcula que tenham sido mortas 173 pessoas desde quarta-feira (16), inicio dos protestos. A própria organização reconheceu que a estimativa é conservadora e que o número total de mortos pode ser bem maior.
A restrição à presença de jornalistas estrangeiros e o bloqueio aos serviços de internet nos últimos dias torna difícil a confirmação independente dos números de vítimas.
Novas mortes teriam ocorrido hoje, quando manifestantes que participavam de funerais de pessoas mortas na véspera teriam sido alvejados por tiros de metralhadoras e outros armamentos pesados.
Uma médica de Benghazi, identificada como Braikah, descreveu a situação na cidade como "um massacre" e relatou para a BBC como as vítimas foram levadas ao Hospital Jala, onde trabalha. “A maioria das vítimas tinha ferimentos a bala – 90% na cabeça, no pescoço e no peito, principalmente no coração”, disse.
Segundo ela, o necrotério do hospital tinha 208 corpos ontem, e mais 12 em outro hospital da cidade. Porém não está claro quantos desses corpos são de vítimas da repressão aos protestos populares.
Benghazi tem concentrado os protestos contra o regime do coronel Muammar Khadafi, no poder há quase 42 anos.
A Líbia é um dos vários países árabes ou muçulmanos a enfrentar protestos pró-democracia desde os levantes populares que levaram à queda do presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, em janeiro.
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