Médico diz que matou colega para assumir direção de hospital

Os depoimentos do pistoleiro contratado pelo médico Miguel Angel Carbalhar Arevaloz, 41, para matar o também médico Ademir Aparecido Pimenta dos Santos, 36, esclareceram o caso, que estava sendo tratado como crime passional. Carbalhar Arevaloz contratou Valdir Roque, 45, por R$ 1 mil para por fim à vida do colega com o objetivo de assumir a direção do hospital de Taquarussu. O próprio mandante, no entanto, executou o colega e o pistoleiro atirou nas testemunhas.

A prisão de Carbalhar foi decretada ontem pelo juiz da comarca de Bataguassu, Robson Celeste Candelário. Em um primeiro momento, o suspeito negou o crime, mas acabou confessando participação no crime ao entrar em contradição sobre a sua presença próximo ao local em que Ademir foi morto. O crime aconteceu entre os municípios de Nova Andradina e Taquarussu.

Em Nova Andradina a polícia prendeu Valdir que confessou ter sido contratado por Carbalhar. Quando foi preso pela PM em sua casa ele ainda estava com a motocicleta utilizada no crime. Valdir Roque trabalhava como vigia no hospital municipal de Novo Horizonte do Sul. Após a prisão do pistoleiro contratado o médico paraguaio acabou confessando tudo, na presença dos delegados Rinaldo Moreira e Marlúcia Sassaki.

O médico disse que contratou o pistoleiro em Novo Horizonte do Sul, combinando o dia, hora e o local da execução do colega. A ambição motivou o médico paraguaio a cometer o assassinato. Ele queria o cargo de Ademir em Taquarussu.
 
O médico disse ter participado da emboscada. O pistoleiro foi na frente e abordou o carro. Ele próprio matou o colega com tiros de espingarda calibre 12 e o pistoleiro atirou contra a psicóloga e a enfermeira. Logo após abandonaram as armas, e o carro do médico que foi abandonado a dois quilômetros do local. Uma roupa camuflada foi encontrada em Novo Horizonte do Sul por policiais militares, junto com o jaleco do médico sujo de sangue.

TV Morena