O MEC recusa-se a divulgar quais são as instituições com problemas, com programas considerados ruins. "Elas têm o direito legal de recorrer. Seria leviandade expor o nome de um curso que pode ser melhor do que foi avaliado", justifica o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes), Jorge Guimarães. As instituições tem 30 dias para recorrer e a Capes outros 30 para responder.
De acordo com o presidente da Capes, as instituições vão receber uma aviso de que não devem abrir processo seletivo para os seus programas até a decisão final. No entanto, não há uma proibição legal. "Mas a maioria das seleções acontece em dezembro e janeiro. Estou tranqüilo que não haverá problemas", afirmou. Guimarães também acredita que pouca gente será afetada pela não divulgação imediata dos cursos ruins, pois os programas mal avaliados representam apenas 3% do total de cursos. Em 2001, quando foi feita a última avaliação, esses programas representavam 4,5%.
O número de programas com a melhores avaliações também cresceu, passando de 9,4% do total para 11%. São, hoje, 197 cursos com notas 6 e 7 que, segundo a Capes, os colocam em nível de igualdade com programas estrangeiros. Desses, 94,4% estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste - onde estão, no geral, a maior parte dos cursos de mestrado e doutorado no País. Somadas, as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste têm apenas 11 cursos com as notas mais altas, quatro deles na Universidade de Brasília.
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