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Brasil

Marta e Serra recebem ajuda de "coadjuvantes"

1 Out 2004 - 07h59
A três dias do primeiro turno das eleições, o último debate com os principais candidatos a prefeito de São Paulo, na noite de quinta-feira (30), foi marcado pela atuação dos "coadjuvantes" Paulo Maluf (PP), que atuou em linha com Marta Suplicy (PT) nas críticas a José Serra (PSDB), e de Ciro Moura (PTC) e Luiza Erundina (PSB), que assim como Serra centraram suas críticas em Marta.

Flávio Florido/Folha Imagem  
Chico Pinheiro e os candidatos a prefeito de São Paulo, ao fundo; veja fotos
Nos dois confrontos diretos entre Serra e Marta, houve troca de acusações e insultos. Serra acusou Marta de "arrogância", e a petista chamou o tucano de "ignorante".

Nas perguntas, Maluf fez críticas diretas ao governo do Estado, que é administrado pelo PSDB de José Serra, e evitou ataques a Marta, do PT, que está no comando da cidade de São Paulo desde 2001.

Já Erundina e Ciro Moura aproveitaram suas intervenções para criticar Marta. O candidato do PTC conseguiu na Justiça, cerca de duas horas antes do início do programa, o direito de participar do debate. Além deles, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT), participou do debate.

Serra e Marta lideram as pesquisas de intenção de voto e têm mais chances de ir para o segundo turno.

Primeiro bloco

O primeiro bloco do último debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo foi marcado pela troca de ofensas entre Marta e Serra.

A atual prefeita, em sua réplica à uma pergunta feita por Serra, que relacionava o desemprego às taxas criadas na atual gestão, disse que Serra tinha "má-fé ou era ignorante" ao desconsiderar os impactos da política ao grande número de desempregados em São Paulo.

Serra, em seu direito de resposta, disse que Marta "mais uma vez demonstrava sua arrogância, que não é rara" ao responder uma pergunta, o que também deu à candidata do PT o direito de resposta. A candidata petista também ganhou o direito de resposta.

Paulinho questionou Maluf sobre a dívida de São Paulo, que segundo o pedetista é três vezes maior que o orçamento da cidade. Maluf disse que deixou em 1996 uma dívida de R$ 6 bilhões, que atualmente chegou aos R$ 30 bi por conta da "política perversa de juros altos que foi implantada a partir de 1995 no governo tucano, que tinha Serra no Ministério do Planejamento". O candidato do PP deu duas soluções para amenizar a questão da dívida _a diminuição das taxas de juros ou negociar a consolidação da dívida a longo prazo com o governo federal.

Ciro Moura atacou a atual administração na questão da saúde, quando questionado por Erundina em relação ao tema. Ciro classificou a situação da saúde em São Paulo de "desumana" e acusou a atual prefeita de ser insensível com a população de São Paulo.

O turismo foi tema de resposta de Paulinho, que defendeu a criação de bolsões de estacionamento para ônibus para as pessoas que vêm fazer compras nas áreas do Brás e Bom Retiro. Maluf e Serra atrelaram a cultura à geração de empregos, defendendo a vocação que a cidade tem para ser a capital cultural do Brasil e da América Latina.

Em relação às enchentes, Marta disse que está buscando empréstimos internacionais para um projeto - chamado de Drenos - que solucionaria o problema definitivamente, com um custo de US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 1,7 bilhão). Erundina questionou o baixo custo dessa solução, pois em sua gestão (1988-1992) também tinha um projeto definitivo para acabar com as enchentes, mas com um custo muito maior, orçado em US$ 2,5 bilhões (aproximadamente R$ 7 bilhões).

Segundo bloco

No segundo bloco do debate, que cada candidato perguntou para cada candidato com tema livre, a atual administração municipal, o governo do Estado e governo federal foram alvos de ataques. Maluf atacou hospitais do Estado. Serra atacou corte de verbas da prefeitura. Erundina atacou a política econômica do governo.

A primeira pergunta foi feita por Marta para Maluf. Questionado sobre o programa Renda Mínima, o candidato do PP disse que vai ampliar o programa, mas defende a criação de empregos.

Na seqüência, Maluf questionou Erundina sobre o abandono do Hospital da Mulher e da Maternidade de São Paulo, ambos administrados pelo governo do Estado. O candidato do PP fez uma crítica direta a Serra ao questionar o programa "Mãe Paulistana", apresentado pelo tucano.

Erundina disse que o tema foi polarizado por Serra e Marta durante a campanha, pois ambos não têm condições políticas para discutir o principal problema da cidade e passou a tratar da política econômica do governo federal.

Em seguida, Ciro Moura foi questionado por Erundina sobre propostas de geração de emprego. O candidato do PTC afirmou que a solução seria investir na construção de moradias. Na réplica, Erundina afirmou só uma mudança na política econômica acabaria com o desemprego.

Ciro Moura questionou Serra sobre qual será sua propostas para acabar com as "escolas de lata", tema abordado nos programas do tucano. Serra criticou Marta e disse que, nesta quinta-feira, a Prefeitura de São Paulo anunciou cortes no Orçamento para o próximo ano. "As principais vítimas foram a Saúde e a Educação. Para onde foi o dinheiro? Onde está o planejamento?", questionou Serra.

Serra insistiu no tema e pediu a opinião de Paulinho sobre os cortes. "Nessa campanha falaram de coisas mirabolantes. Um inventou o CEU Saúde [projeto de Marta], outro um cartão de plástico que deveria resolver o problema de todo mundo [novo PAS de Maluf]", respondeu Paulinho.

O candidato do PDT fez a última pergunta do bloco para Marta. Ele cobrou a prefeita de uma promessa que ela teria feito na campanha passada sobre a distribuição de vale-transporte para os desempregados.

Marta utilizou seu tempo para rebater as acusações feitas por Serra com relação ao Orçamento. "Quem foi ministro do Planejamento deveria saber que cortes são normais", afirmou Marta.

Terceiro bloco

O terceiro bloco mostrou Marta sendo atacada por Ciro na questão das escolas de latinha e por Erundina em razão das taxas, principalmente de limpeza pública e iluminação, que foram criadas na atual gestão.

Marta, que poderia escolher José Serra para responder sua questão sobre habitação, preferiu escolher Paulinho, que normalmente não ataca diretamente a sua gestão. Como de esperado, Paulinho mais pediu o cumprimento de metas, como a regularização das habitações em loteamentos irregulates, do que fez críticas às iniciativas de Marta na área.

O candidato tucano teve que se contentar em responder à pergunta de Paulinho, sobre o lazer para jovens e pessoas na terceira idade. A resposta se restringiu a propostas de reformas nos 197 Centros Desportivos Municipais (CDMs) que existem em São Paulo e criação de espaços específicos para os idosos.

Já em sua vez, quando podia escolher entre Maluf e Erundina para responder sua questão sobre impostos e taxas, Serra preferiu a última, que também critica Marta constantemente, que não decepcionou. A ex-prefeita criticou a criação das taxas de limpeza pública e de iluminação.

Quando questionado por Erundina em relação aos camêlos, Maluf qualificou esses trabalhadores de "heróis", e garantiu que a polícia em seu governo vai proteger "o camelô, o motoboy e o perueiro", assim como todos os trabalhadores. Quando fez a pergunta sobre segurança pública, Maluf disse que "é mais seguro andar fantasiado de soldado americano em Bagdá que andar nas ruas de São Paulo" e prometeu colocar a Ronda na rua, numa referência a um de seus lemas históricos - "Vou colocar a ROTA na rua".

Quarto bloco

Com as mesmas regras do segundo bloco, a quarta parte do debate foi marcada pela troca de acusações entre Serra e Marta. O tucano questionou gastos da prefeitura de cerca de R$ 170 milhões para a realização de convênios com consultorias. "Onde está a prioridade?", disse Serra.

"Você não tem proposta, a não ser continuar os meus projetos. Você quer pegar carona no Bilhete Único. Minha administração teve planejamento e dos bons", respondeu Marta.

Na seqüência Marta questionou Erundina sobre suas propostas para o turismo. A prefeita se atrapalhou ao formular a questão. A candidato do PSB afirmou que falta vontade política para dinamizar o setor. Entretanto, ela não apresentou proposta concreta.

Erundina questionou Paulinho sobre a política de geração de empregos. O candidato do PDT repetiu a proposta de criação dos centros de solidariedade.

Em seguida, Paulinho perguntou para Maluf. O tema foi educação. Maluf voltou a criticar o governo do Estado ao afirmar que há 150 escolas de lata no governo do PSDB e que continuará com os CÉUS

Maluf questionou Ciro Moura sobre sue projeto para acabar com enchentes. O candidato do PTC fugiu do tema e afirmou que, para governar, é preciso ter sensibilidade, palavra que repetiu durante quase todo o debate. Ele disse que o presidente Luiz Inácio da Silva passou vergonha na inauguração do trecho da Radial Leste na semana passada. "Ele inaugurou a obra e alagou tudo", disse Ciro Moura.

Para encerrar o bloco, o candidato do PTC questionou Serra sobre sua proposta para os servidores públicos. Serra aproveitou a deixa para afirmar que a prefeitura prefere gastar com funcionários contratados sem concurso a investir em outros setores.

Quinto bloco

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