Na manhã de ontem 45 militares embarcaram para a Missão de Paz que o exército brasileiro cumpre no Haiti. São militares de diversos estados, inclusive Mato Grosso do Sul. Eles participaram de um treinamento de três meses em Aquidauana, no batalhão de engenharia. A tropa vai trabalhar na área de engenharia, cuidando da infraestrutura da frota e do próprio país. Também embarcaram hoje 51 militares da Marinha do Brasil, um grupo com 31 militares paraguaios e um militar boliviano.
Saindo de Campo Grande, após três horas e meia de viagem os militares devem chegar a Boa Vista, Roraima, e depois vão direto para Porto Príncipe, capital do Haiti, chegando lá três horas depois. A tropa vai utilizar para a viagem um avião da força aérea.
No dia 12 de fevereiro outra tropa com 66 militares, todos de Mato Grosso do Sul, deve seguir à Missão. Em agosto do ano passado foi uma tropa 810 militares, que começam a retornar em 14 de fevereiro. Até agora, 15 mil militares de todo o Brasil já embarcaram para a Missão, que dura seis meses.
Um dos militares que chega hoje em Porto Príncipe é o capitão Marcos Cézar Alves Ribeiro, 26 anos. Ele é formado na área de engenharia e vai trabalhar com a manutenção de equipamentos e viaturas. Há oito anos Marcos está na carreira militar, sendo que em seu primeiro ano já foi aprovado na academia de oficiais. Ele deixa no Brasil um filho de três anos, e diz ter consciência da escolha. “Estou preparado, tive um treinamento de seis meses. Tenho consciência que vou encontrar uma situação difícil”, disse ele.
O pai do capitão Marcos também é militar, há 28 anos. Roney Bento Alves Ribeiro mora em Aquidauana, onde é 1º tenente. Ele diz que está orgulhoso pelo filho “trilhar o próprio caminho”.
O cabo Acássio Porso, 23 anos, também se despediu da família nesta manhã. Pai, mãe, esposa e dois filhos estiveram hoje na base aérea para chorar as saudades que vão sentir durante os seis meses da Missão. A mãe do rapaz, Adair Porso, 42 anos, chorava muito. “É a primeira vez que meu filho viaja tão longe e fica tanto tempo”, justificou a mãe em lágrimas. A esposa de Acássio, Gislaine dos Santos Salim, 21 anos afirmou também chorando, que sabe que uma Missão como esta é o sonho dele. Ela afirmou que vai sentir saudades, mas que os dois vão conversar pela internet. Acássio acredita que vale a pena. “Vou para poder ajudar aquela nação, mas a saudade vai ser grande”.
Os militares que vão para o Haiti continuam recebendo o mesmo salário pago pelo Exército normalmente. Enquanto eles estão em Missão, a ONU (Organização das Nações Unidas), deposita de 900,00 a 4 mil dólares por mês para cada um dos militares, variando a quantidade de acordo com a patente. Voltando ao Brasil, o salário volta ao que era antes de eles partirem, não há nenhuma promoção por conta disso e eles recebem uma medalha.
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