Uma pesquisa divulgada recentemente mostra que nos últimos seis meses de 2010 639 mulheres foram vítimas de violência doméstica. As informações são da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres. A maioria das mulheres que ligam para a Central tem entre 25 e 50 anos. Das agressões, 342 (53,52%) são praticadas pelo próprio companheiro (marido ou namorado). Dessas mulheres, 307 (48,04%) são agredidas diariamente e 345 (53,99%) não dependem financeiramente do agressor.
Entre os tipos de violência, as que mais se destacam são as agressões físicas, com 319 ocorrências, o que corresponde a 49,92%; psicológicas com 191 (29,89%); morais com 113 (17,68%) e ameaça, com 94 (14,71%). Os outros tipos de queixa denunciadas na Central apenas nesses primeiros seis meses são violência sexual, patrimonial, cárcere privado e tentativa de homicídio.
De acordo com a coordenadora Especial de Políticas Públicas para a Mulher, Carla Stefanini, as mulheres estão denunciando mais devido aos serviços de assistência e de proteção que são oferecidos pelo Centro de Apoio e as Casas de Abrigo existentes. “Trabalhamos para incentivar a mulher a denunciar. Hoje tem a Lei Maria da Penha que é para coibir essa violência e garantir a punição do agressor”, afirma.
A lei possibilita que agressores de mulheres sejam presos em flagrante ou tenham decretada a prisão preventiva. A legislação também aumenta o tempo máximo de detenção, previsto de um para três anos, e também prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio à proibição de se aproximar da mulher agredida e dos filhos.Participe do nosso canal no WhatsApp
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