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Mais de 180 foguetes do Hezbolá atingem Israel em 24h

2 Ago 2006 - 13h36
O Hezbolá disparou, na quarta-feira, mais foguetes contra Israel do que em qualquer outro dos 22 dias de guerra. A ofensiva aconteceu depois de um comando israelense transportado por helicópteros ter atacado alvos da guerrilha no ponto mais distante da fronteira até agora.

Os ataques aéreos de apoio à operação israelense mataram 19 pessoas em Baalbek, entre as quais quatro crianças. A cidade fica no nordeste do Líbano e é considerada um reduto da guerrilha.

Em Jerusalém, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, afirmou à Reuters que seu país continuaria lutando até uma força internacional ser enviada ao sul libanês ¿ nenhum país dispôs-se a enviar soldados para a região enquanto uma trégua e um acordo de cessar-fogo permanente não forem firmados.

Olmert pediu que uma força internacional de combate imponha a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que prevê o desarmamento do Hezbolá, afirmando que Israel já havia destruído grande parte do poder de fogo da guerrilha.

Pouco depois das declarações dele, um dos mais de 180 foguetes lançados pelo grupo caiu dentro da Cisjordânia, tornando-se o míssil a penetrar mais profundamente no território do Estado judaico desde o princípio do conflito.

A polícia israelense e o Hezbolá disseram que esse era o maior número de foguetes disparados pela guerrilha em um mesmo dia desde o início da guerra. A saraivada de foguetes, que matou uma pessoa perto da cidade de Nahariya, seguiu-se a uma pausa de dois dias nesse tipo de ação.

Olmert havia dito que a infra-estrutura do Hezbolá tinha sido "inteiramente destruída" pela ofensiva israelense.

Os guerrilheiros do Hezbolá continuavam a travar duros combates com as forças de Israel, especialmente nas cercanias dos vilarejos de Aita Shaab e de Kfar Kila, sobre os quais os israelenses realizaram intensos bombardeios e vários disparos de artilharia, disse um membro das forças de paz da ONU.

Essa pessoa afirmou que as forças do Estado judaico estavam presentes em cinco áreas do sul e que soldados haviam aterrissado de helicóptero, durante a noite, perto do vilarejo de Meis al-Jabar, no sudeste.

Forças de segurança libanesas disseram que Israel havia assumido o controle do monte de al-Aweida, do qual podem ser vistos vários vilarejos, entre os quais o de Kfar Kila e o de Adaiseh, palco de combates nesta semana.

Refugiados civis
Olmert citou a fuga dos civis da área dos conflitos como uma das conquistas da campanha militar de Israel.

Ao menos 750 mil libaneses, quase um quarto da população do país, foram expulsos de suas casas.

"Por quanto tempo mais vou viver? Se eu morrer, prefiro morrer sob os destroços de minha casa", disse à Reuters Hassan Khaleef, de 80 anos, sozinho em uma casa do vilarejo de Haboush, perto de Nabatiyeh.

Ao menos 643 pessoas no Líbano e 55 em Israel foram mortas no conflito, que entrou em sua quarta semana. O ministro libanês da Saúde afirmou que o total de mortos no país é de 762, incluindo os corpos que ainda não puderam ser resgatados dos destroços.

Os bombardeios israelenses provocaram danos de 2 bilhões de dólares na infra-estrutura do Líbano, afirmou o ministro dos Transportes e Obras Públicas do país.

Vários comboios da ONU e da Cruz Vermelha carregados com alimentos e material médico dirigiram-se, na quarta-feira, para as áreas mais atingidas. Mas ao menos um deles cancelou a viagem por não ter conseguido autorização de Israel, disseram autoridades da área de ajuda.

O Programa Mundial de Alimentação (WFP), da ONU, afirmou que Israel havia permitido que dois navios-tanque entregassem combustível ao Líbano.

O Conselho de Segurança da ONU ainda precisa chegar a um acordo sobre um mandato para o envio à região de uma força internacional. A França disse que participaria, na quinta-feira, de um encontro de países que podem contribuir para a formação dessa força.

O país europeu foi apontado como provável comandante da força de paz, mas já disse que deseja, antes de estacionar seus soldados no sul do Líbano, uma trégua e um acordo sobre a estrutura de um cessar-fogo permanente. Essa postura diverge da adotada pelos EUA e por Israel, para os quais um cessar-fogo só será possível com a chegada de uma força internacional.

Israel disse que seus soldados capturaram cinco militantes do Hezbolá durante a operação noturna em Baalbek, localizada 95 quilômetros a nordeste de Beirute. O Hezbolá negou que os detidos fossem integrantes de suas fileiras. Forças de segurança também afirmaram que dois combatentes do grupo tinham sido mortos.

Essa foi a primeira operação aerotransportada realizada por Israel longe da fronteira desde que o conflito começou, depois de o Hezbolá ter capturado dois soldados de Israel, no dia 12 de julho, em uma investida realizada a partir do território libanês.

Ao menos 13 civis foram mortos quando aviões israelenses atingiram Jammaliyeh, um vilarejo localizado perto de Baalbek. E mais seis pessoas morreram em ataques aéreos lançados contra outros pontos do Líbano.

Um soldado do Exército libanês morreu e outros dois ficaram feridos quando o posto deles, no sul, foi bombardeado.

O ministro espanhol das Relações Exteriores, Miguel Ángel Moratinos, reuniu-se com líderes libaneses em Beirute. Ele também pretende viajar para Damasco como parte de um aparente esforço da Europa para envolver a Síria e o Irã, aliados do Hezbolá, nos esforços de paz. Os EUA negam-se a negociar com esses países.

O ministro das Relações Exteriores da França, Philippe Douste-Blazy, reuniu-se na segunda-feira com seu colega iraniano, Manouchehr Mottaki, e citou o "papel estabilizador" do Irã na região.

 

Terra

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