O gabinete do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou que o bombardeio, o mais intenso em uma década, "não pode continuar".
"Vamos tomar as medidas apropriadas para impedir esse tipo de ataque", disse David Baker, porta-voz de Olmert, sem dar mais detalhes.
Olmert reuniu-se com seu gabinete de segurança na sexta-feira. Houve ameaças veladas, feitas por algumas autoridades, de ataques contra líderes do Hizbollah.
Guerrilheiros do Hizbollah capturaram dois soldados israelenses e mataram outros oito em ataques na quarta-feira. A operação fez com que Israel desse início a uma série de ataques contra alvos do Hizbollah e do Líbano, numa represália que já matou 66 pessoas.
O ministro da Defesa de Israel, Amir Peretz, minimizou a possibilidade de que haja uma solução rápida para a crise.
"A luta que temos diante de nós certamente pode durar mais do que imaginávamos", disse.
Mais de 300 foguetes atingiram cidades israelenses desde a ofensiva de quarta-feira do Hizbollah, disse o Exército de Israel. Nesses ataques, dois civis israelenses morreram e mais de 140 pessoas ficaram feridas.
Não houve registro de mortes no lado israelense na sexta-feira. Um dos foguetes atingiu uma casa na cidade israelense de Safed, a 15 km da fronteira com o Líbano, ferindo dez pessoas, afirmaram moradores.
E pelo menos 20 pessoas ficaram feridas pelos foguetes lançados contra a cidade costeira de Nahariya, cerca de 10 km ao sul da fronteira, de acordo com fontes médicas.
"Os foguetes foram lançados para nos intimidar", disse o prefeito de Nahariya, Jackie Sabag, à Rádio Israel.
Embora os moradores da cidade estivessem refugiados em abrigos antibomba e em porões, o prefeito garantiu que os ataques não terão sucesso.
Num ataque mais ousado, dois foguetes foram lançados contra a terceira maior cidade de Israel, Haifa, na noite de quinta-feira, mas ninguém se feriu.
Olmert e seu gabinete de segurança decidiram aumentar a escala das operações no Líbano depois desse ataque específico. O Hizbollah negou ter lançado os foguetes. Haifa fica 35 km ao sul da fronteira com o Líbano.
A porta-voz do governo israelense Miri Eisin disse que os ataques contra Haifa cruzaram um "sinal vermelho" na visão de Israel.
"Vamos destruir os recursos do Hizbollah, tanto no nível de infra-estrutura quanto de suas personalidades", disse o ministro do Interior, Ronnie Bar-On, à TV Channel 1, de Israel.
O Exército israelense retirou-se do sul do Líbano em 2000, após 22 anos de presença militar na região, que visava a combater as guerrilhas palestinas que controlavam a faixa fronteiriça.
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