O inquérito sigiloso da Operação Hurricane (furacão) afirma que um dos bicheiros investigados, Aílton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, comandou esquema de financiamento de candidatos a cargos políticos nas eleições de 2006. É citado especificamente o nome da hoje deputada federal Marina Maggessi (PPS-RJ). O relatório da Polícia Federal diz que a deputada recebeu recursos da organização criminosa por meio de caixa dois -recursos não declarados à Justiça Eleitoral. A intermediação do negócio seria feita por um conhecido de Maggessi, o policial civil Fernando "Salsicha".
Segundo o texto da PF, Capitão Guimarães e seu sobrinho Júlio César Guimarães Sobreira, também preso na operação, "atenderam à solicitação de vantagem indevida sob o título de contribuição para a campanha eleitoral da inspetora da Polícia Civil Marina Terra Maggessi de Souza".
Em outro trecho, o texto policial anota: "Os indícios colhidos convergem em apontar que o repasse das vantagens [a Maggessi] era determinado por Aílton Guimarães Jorge, o qual comandou esquema de contribuição para campanha de outros candidatos a cargos políticos nas eleições de 2006".
Guimarães e seu sobrinho são ligados à associação que representa os bingos no Rio de Janeiro. Na declaração oficial de arrecadação de campanha que apresentou à Justiça Eleitoral, Maggessi diz ter recebido R$ 69 mil. Não há doações dos Guimarães ou de entidades de bingos registradas pela deputada. Ela nega ter sido beneficiada com dinheiro da contravenção.
As informações contidas no inquérito da PF são baseadas em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Nos diálogos, o policial civil identificado como Fernando "Salsicha" falaria em nome da deputada ao conversar com o também policial civil Marcos Antonio dos Santos Bretas, o "Marcão", que, segundo a PF, atuaria como distribuidor da propina oferecida pelos bicheiros.
Em um diálogo gravado no dia 18 de agosto, Marcão diz a Fernando que "está entregue". Em resposta, Fernando diz: "Tu é bom mesmo". A transcrição do diálogo feita pela PF diz que, "nesse momento, Marina Maggessi, que está ao lado de Fernando, manda esse mandar um beijo para Marcão".
O inquérito da PF afirma ainda que mesmo após as eleições de outubro, em que Maggessi foi eleita com 55 mil votos, "o grupo criminoso vinculado à Aberj [associação dos bingos do Rio de Janeiro] prosseguiu atendendo às solicitações de vantagem formuladas pelo policial Fernando "Salsicha", [que as fazia] (...) em nome da deputada federal eleita".
Recentemente a deputada se viu envolvida em outra polêmica quando surgiram gravações telefônicas em que ela sugere a um colega "dar uns tiros" em um policial desafeto. O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP) chegou a afirmar que analisaria o caso para ver se era o caso de investigação pela Corregedoria da Casa.
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