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Mãe confessa ter afogado filho de 5 anos em balde de água

29 Mar 2007 - 13h13
 

O garoto Leonan Bruno Muniz (5), que morreu afogado em um balde dentro da própria casa, em Cuiabá (MT), não foi vítima de um acidente. Miguelina Miranda Muniz, mãe do garoto, confessou ter matado a criança. Ela disse que teria se descontrolado por causa do aluguel atrasado e pela falta de comida na casa. A informação é do delegado Márcio Pieroni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá.

Leonan Muniz morreu afogado em um balde, na casa dele, no bairro CPA 2 em Cuiabá, na manhã do dia 14 de março. Os pais de Leonan disseram na época que saíram cedo para trabalhar e a babá, como de costume, chegou à residência por volta de 6h30 para cuidar dos dois filhos do casal. A empregada disse que, quando entrou na casa, encontrou o garoto caído em um balde de tinta no banheiro. Em depoimento à polícia, a babá disse que o recipiente estava cheio de água.

Mas desde o começo, a versão de acidente doméstico levantou dúvidas. A necrópsia revelou vários ferimentos no corpo da criança. O laudo do Instituto Médico Legal apontou como causa da morte asfixia mecânica e não afogamento.

""Ela disse pra mim, sempre friamente, que retirou o menino de cima da cama, o Leonan, e começou a espancá-lo. Jogou-o várias vezes no chão e, em uma dessas vezes, ele deve ter batido a cabeça no chão, e ela o arrastou para dentro de um balde que estava no banheiro da casa e acabou afogando-o", disse o delegado Márcio Pieroni.

Segundo a polícia, Miguelina montou um álibi para desviar as suspeitas. Na manhã do crime, ela teria ligado para o marido dizendo que sentia um mau presságio. E pediu que ele fosse até a casa da família ver se estava tudo bem com os filhos. No primeiro depoimento à polícia, a mãe do garoto tentou culpar a babá Maria Helena da Silva, que encontrou Leonan caído dentro do balde. Segundo o delegado, Miguelina não demonstrou arrependimento.

O delegado disse também que houve muitas mentiras e contradições durante as acareações feitas entre a mãe de Leonan e o marido dela, e que por isso a polícia chegou à conclusão de que Miguelina estava mentindo e que seria a autora do crime.

Com a ajuda de vizinhos, a babá ainda tentou socorrer o garoto, levando-o para a policlínica do bairro, mas não conseguiu atendimento. Depois, Leonan foi levado para o Pronto Socorro de Cuiabá, onde já chegou sem vida.

O fato levou a Secretaria de Saúde da capital a abrir uma sindicância para apurar uma possível omissão dos funcionários da policlínica. 

 

 

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