"Além do crime ambiental, a polícia poderá indiciar os responsáveis pelo desmatamento pela prática de trabalho escravo. Os policiais constataram que os trabalhadores estavam em condições precárias de sobrevivência, dormiam em barracos de lona, bebiam água de um igarapé e, para se alimentar, precisavam caçar animais silvestres.
"O chefe do escritório do Ibama em Altamira, Elielson Soares, disse que a derrubada ilegal da mata aconteceu a 70 km de Anapu, no km 55, dentro de um projeto de desenvolvimento sustentável ainda em fase de implantação pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e que deve beneficiar cerca de 600 famílias de agricultores.
"Ocorre que a área foi invadida e ocupada por madeireiros que hoje brigam na Justiça Federal para continuar explorando espécies nobres como ipê, jatobá, acapu e mogno. Enquanto a questão não for resolvida, a implantação do projeto está suspensa por determinação do juiz da Vara Federal de Marabá, Francisco de Assis Garcêz Júnior."
Aos policiais e agentes do governo, os trabalhadores encontrados no local do desmatamento disseram ter sido contratados por um homem de prenome Bira, residente em Altamira, para derrubar a floresta e transformar a área em pasto para o gado. Para dificultar o acesso da fiscalização, troncos de madeira foram atravessados numa estrada vicinal.
Estadão
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