Menu
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
quarta, 12 de fevereiro de 2025
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
Busca
Busca
Brasil

Lula festeja partida no Haiti, mas esquerda reclama

18 Ago 2004 - 08h18
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemora hoje o jogo amistoso da seleção brasileira de futebol no Haiti, mas ainda persistem as críticas no Brasil à decisão de comandar a força de paz no país, inclusive da esquerda do PT.

O deputado Ivan Valente (PT-SP) disse ontem que o Brasil pode estar sendo usado como "mão de gato" dos interesses americanos no Haiti, isto é, fazendo a preparação do terreno político para que os americanos voltem a mandar no país, "como sempre". Na votação sobre o envio de tropas brasileiras à ilha, ele apresentou voto em separado contra a decisão.

O Brasil lidera a força de paz da ONU que tenta dar estabilidade ao país, cujo presidente Jean-Bertrand Aristide deixou o poder sob ataques rebeldes e acusando os EUA de estarem por trás de sua queda, em fevereiro. "Os EUA já estão no Iraque e no Afeganistão, é claro que eles querem ter uma mão de gato americana no Haiti. Ou alguém acredita que desistiram do país?", questionou.

Também a deputada Maninha (PT-DF), da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, tem ressalvas. Ela votou a favor da participação brasileira na força de paz, mas voltou ontem da Venezuela com dúvidas sobre o Haiti. "As ONGs, especialmente do Reino Unido e da Espanha, nos fizeram muitos questionamentos em Caracas sobre a participação do Brasil no Haiti", disse. Ela recebeu relatos de Gérard Pierre-Charles, da ONG Organização do Povo em Luta, do Haiti, dizendo que os seqüestros continuam e que há uma sensação crescente de que a "intervenção estrangeira impede o país de se resolver sozinho".

Para o ex-chanceler Celso Lafer, o jogo da seleção hoje é "a expressão da política externa como política do espetáculo", mas ele discorda das críticas à participação brasileira na força de paz. Para ele, dizer que o Brasil está servindo a interesses dos EUA é "excessivo".

Para o ministro da Defesa, embaixador José Viegas, o Brasil já participou de outras tropas de paz, em Moçambique, Angola e Timor Leste e está no Haiti para "ajudar a reconstrução do país".

A questão divide especialistas e políticos, principalmente porque é uma experiência prática de uma política externa que se diz "ativa e pró-ativa" e que busca ampliar não só a participação, mas a liderança do Brasil no mundo.

O objetivo prático é obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Para quê? Resposta de Viegas: "Não queremos dar um passo maior que a perna, queremos participar dos mecanismos de decisão e contribuir, assim, para a paz, o diálogo, as ações concertadas na região e no mundo".
 
Folha Online

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

Criptomoedas no Brasil
5 dicas para garantir a segurança da sua carteira de criptomoedas no Brasil
Saúde e História
O pão mofado e a origem da Penicilina: A medicina egípcia e a revolução dos antibióticos
URGENTE: O velho da Havan passou procedimento cirúrgico no coração
IMAGEM DA INTERNET TRAGÉDIA NO AR
Avião cai em cima de ônibus em São Paulo
Morador em Dourados morre atropelado por caminhão 'desgovernado' em rodovia de SP

Mais Lidas

FOTO: ASSESSORIA / DOURADOS AGORAAGRADECIMENTOS
Pai de paciente escreve carta emocionante para agradecer colaboradores do HU
Policial
Motorista de Van é executado a tiros de calibre 12 na BR-060
FOTOS: FÁBIO MENEZES / REGIÃO ONLINEJATEÍ - FOTOS
Confira as FOTOS da confraternização da vitória da prefeita Cileide e vice Tiquinho em Jateí
Miraci não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital / Reprodução/Redes SociaisRegião
Sogro mata genro a tiros durante discussão familiar em Sonora
FÁTIMA DO SUL DE LUTO
Fátima do Sul se despede da Maria Lino da Silva, família informa sobre velório e sepultamento