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Brasil

Lula e Alckmin trocam acusasões em debate tenso

28 Out 2006 - 06h09
O último debate entre os presidenciáveis Geraldo Alckmin (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na TV Globo, nesta sexta-feira, foi marcado pela tensão entre os candidatos, que trocaram acusações, mesmo limitados pelo formato do programa, cujos temas foram apresentados por eleitores indecisos na platéia, sorteados ao vivo. Na reta final da eleição, os temas segurança, emprego e meio ambiente dominaram o debate e serviram para troca de acusações entre os adversários. O caso do dossiê com denúncias contra tucanos foi mencionado somente do meio para o fim do programa.

O clima de tensão no debate mais agressivo dos quatro realizados neste segundo turno foi evidenciado pelas ironias e trocas de acusações. Lula chegou a segurar o braço de Alckmin em determinado momento, para fazer uma observação.

No ápice do enfrentamento, Lula responsabilizou Alckmin pelo nascimento e ascensão do PCC no Estado de São Paulo, para o tucano afirmar que a facção criminosa "não é ligada" ao PSDB. Reagindo às afirmações da campanha petista, segundo a qual o PSDB pretende retomar as privatizações caso seu candidato seja eleito, Alckmin acusou o presidente de aprovar um projeto que "representa a privatização" da Amazônia. Lula reagiu, dizendo que o governo tucano "quebrou o País" duas vezes.

O debate desta sexta foi aberto com um ponto convergente: ambos relataram que a educação ainda precisa avançar no Brasil. A partir da pergunta de uma eleitora indecisa sobre educação infantil, Alckmin disse que o governo Lula não avançou na área educacional e que em quatro anos não aprovou o Fundo Nacional da Educação Básica (Fundeb). "O governo abriu uma série de faculdades somente na reta final", acusou.

Lula reconheceu que o ensino precisa ser melhorado, mas que a situação é histórica. "A educação no Brasil não está de boa qualidade." O presidente disse que "debate é bom porque cada um fala o que quer, sem responsabilidades" ao relatar investimentos feitos na área da educação.

Sobre a Previdência Social, Lula relatou o esforço de seu governo para diminuir o rombo e para tentar resolver o problema dos contribuintes autônomos. O presidente destacou que, apesar do déficit, a Previdência tem uma cobertura "extraordinária" e que esse déficit será combatido com o enfrentamento das fraudes na instituição.

O candidato tucano reforçou que é grande o número de trabalhadores brasileiros na informalidade, que não contribuem para a Previdência Social. A proposta dele é reduzir os encargos sobre a folha de pagamento para reduzir o desemprego e a informalidade, gerando mais contribuição.

Saúde
Os problemas na área da saúde foram ressaltados por Alckmin, que lembrou que o governo recebeu cerca de R$ 30 bilhões de recursos da CPMF para a área apenas no ano passado. O tucano criticou Lula por ter parado com os mutirões e por ter regredido no programa de remédios genéricos. Para ele, somente quando o governo reconhecer o problema da saúde poderá resolvê-lo.

Lula rebateu ao afirmar que os Estados fornecem medicamentos de graça porque o governo federal os repassa por apenas R$ 1,00. O presidente pediu um esforço de memória de Alckmin para recordar a situação da saúde na gestão de Fernando Henrique.

A partir do questionamento de um eleitor que teve a casa alagada, Lula disse que entende a situação vivida por ele por ter morado em bairros humildes de grandes São Paulo. "Até um metro e meio de água entrava dentro de casa." Ele citou investimentos do governo federal na área e afirmou há políticos no Brasil que não gostam de investir em saneamento básico porque a obra não aparece.

Alckmin disse que fez a maior obra de saneamento do País, em São Paulo, e que vai trabalhar contra as enchentes. Alckmin acusou o governo federal de reduzir os gastos com saneamento pela metade no Orçamento e aumentar impostos sobre a água sem repassar os recursos para o saneamento.

Questionado sobre o desemprego, Lula admitiu que a geração de empregos está aquém do necessário."O desemprego não tem diminuído na conta que nós precisamos", disse. Mas ele reiterou que seu governo gerou muito mais empregos do que os anteriores. Alckmin disse que emprego é a questão número um do Brasil. Segundo o tucano, o Brasil está "perdendo oportunidades" de crescimento e que o número de desempregados aumentou com o governo Lula. O presidente contestou: "o Alckmin adora brincar com números porque acha que o povo não vai checar".

Amazônia
Alckmin disse que é preciso delimitar as áreas de preservação na Amazônia e que é preciso fiscalização para evitar o desmatamento. Segundo ele, a Amazônia perdeu o equivalente ao Estado de Pernambuco por causa do desmatamento ocorrido durante o governo Lula. O candidato questionou Lula sobre a lei que "privatiza" a Amazônia, pois permite a concessão de áreas para empresas nacionais e estrangeiras.

O petista rebateu ressaltando números divulgados na quinta-feira que apontam queda no índice de desmatamento e pediu a Alckmin que questione o senador Artur Virgílio (PSDB) sobre a lei, que teria sido aprovada por todos os partidos por ser necessária. Segundo ele, assim as áreas serão fiscalizadas. "Tá errado, isso é privatização. Ele quer chamar de concessão, mas é privatização", afirmou Alckmin. Segundo ele, a lei é irresponsável porque concede grandes áreas por um período de até 60 anos.

Na área da segurança pública, Alckmin disse que sua prioridade é combater o tráfico de drogas e criticou a falta de polícia de fronteira. O candidato tucano afirmou que o número de armas apreendidas pela polícia é muito maior do que o número de portes concedidos. "Esse é o quarto debate e ele (Alckmin) não muda", ironizou Lula. Segundo o presidente, a Polícia Federal trabalha contra quadrilhas, não contra os "pequenos" que apenas atravessam as armas nas fronteiras.

Corrupção
O candidato do PSDB destacou a necessidade de combater a corrupção. "Não há País que tenha ido para a frente sem erradicar a praga da corrupção", afirmou Alckmin. Ele disse que não há como educar os filhos em casa com o mau exemplo do governo federal. Segundo ele, o dinheiro da corrupção está deixando de ir para o povo.

Lula citou o trecho de um livro que diz que a corrupção era um tumor que se desenvolvia havia anos e que, quando "cutucado" pelo seu governo, começou a sair "pus".

O presidente reconheceu que a carga tributária é alta, mas afirmou que seu governo vem desonerando diversos setores. Lula disse que os impostos poderiam ser menores se o Congresso aprovasse a reforma tributária. Ele pediu que Alckmin não ficasse "zangado" com o fato porque a democracia exige isso.

Programas sociais
No bloco final, Lula citou diversos programas do governo federal que atuam em todo o País, como o Bolsa-Família. Segundo ele, 90% dos programas sociais são do governo federal e foram criados baseados nas necessidades do povo. Alckmin contra-atacou com programas do seu governo em São Paulo.

O questionamento de Lula a Alckmin sobre recursos para a segurança pública repassados ao governo de São Paulo durante os ataques do PCC gerou um momento de descontração. "Diga-me de onde vai vir o dinheiro", disse o presidente.

O tucano ironizou: "quando você disse 'de onde vem o dinheiro', pensei que você ia explicar", afirmou Alckmin se referindo a sua cobrança diária de explicações sobre a origem do dinheiro que seria utilizado na compra do dossiê contra os tucanos.

"Hoje a gente quase descobre de onde veio o dinheiro", rebateu Lula se referindo ao depoimento de uma tucana de Minas Gerais que confessou ter "comprado" o depoimento de um falso "laranja" contra petistas.

 

Terra

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