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Brasil

Lula diz que crime organizado tem "bala na agulha"

2 Set 2004 - 08h19
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva citou hoje o cantor e compositor Zeca Pagodinho e o apresentador de televisão Ratinho para definir a força do crime organizado. Ao discursar, de improviso, no encontro internacional de combate à lavagem de dinheiro e recuperação de ativos, Lula se referiu às dificuldade de se conseguir chegar aos criminosos pelas proteções que eles têm. "Vocês têm consciência, como diria o Zeca Pagodinho, que essa gente que vocês querem pegar, tem bala na agulha, ou, como diria o Ratinho, essa gente tem café no bule". Lula destacou o trabalho que a Polícia Federal está fazendo no combate ao crime organizado, que considera uma tarefa que não é fácil.

"Nunca a Polícia Federal fez tanto, em tão pouco tempo e com tamanha eficácia, para combater a lavagem de dinheiro e o crime organizado no País", disse o presidente, destacando que a PF não está agindo de forma isolada. Em seguida, falou da necessidade de integração de todas as forças para o combate destes crimes e elogiou o Ministério Público, que tem sido alvo de muitas críticas do governo. "A sintonia estratégica entre um Executivo determinado, um Judiciário eficaz e um Ministério Público ágil e independente, como tem sido a atuação dos nossos procuradores e promotores, explica o avanço brasileiro no combate ao crime organizado. Sabemos, porém, que não há soluções mágicas".

O presidente afirmou ainda que "sonha" com o dia em que, além de prender as pessoas que desviam verbas dos cofres públicos, será possível recuperar esse dinheiro. "Cálculos, talvez conservadores, estimam que a lavagem de dinheiro movimenta 600 bilhões de dólares por ano no planeta", afirmou o presidente, acrescentando que "a verdade é que as práticas ilícitas que combatemos estão misturadas numa matriz internacional que incentiva o fluxo constante e diário de capitais ao redor do mundo". Para ele, o "pleno sucesso nesse combate não se dará pela ação isolada de qualquer país pois depende de ações integradas entre as nações para que os resultados positivos possam se universalizar".

Depois de destacar que seu governo está desenvolvendo "ações implacáveis" contra o crime organizado, com repetidas operações policiais "bem sucedidas", Lula falou do poder que pessoas envolvidas com estes delitos têm. "Elas estão ligadas às mais diferentes instituições, com seus braços na política, no empresariado, no sistema financeiro, no Poder Judiciário", comentou o presidente que agradeceu a presença de tantas pessoas de tantos países no encontro.

 

 

Estadão

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