Os lucros dos 50 maiores bancos brasileiros, acumulados em nove meses, até setembro, atingiram R$ 23,4 bilhões, segundo o último levantamento divulgado pelo BC (Banco Central).
A soma equivale a praticamente o dobro do que foi registrado nos primeiros nove meses do governo Lula, em 2003, de R$ 12,7 bilhões. Em relação ao acumulado até setembro de 2005, o aumento foi de 21,2%.
"Os bancos ganharam nos últimos quatro anos mais do que em oito anos do governo anterior", afirma Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating. O dado se baseia em projeções de lucros para o último trimestre, que já está se encerrando.
Segundo Rodrigues, o desempenho recorde deve-se à expansão do crédito ao varejo, aos spreads elevados, ao aumento das receitas com serviços e à maior eficiência, conseguida com corte de custos e investimentos em tecnologia.
Considerando apenas os ganhos do trimestre, os resultados acumulados foram inferiores aos do terceiro trimestre de 2005: R$ 6 bilhões, ante R$ 6,9 bilhões no ano passado.
A queda ocorreu porque Bradesco, Itaú e Unibanco decidiram deduzir dos lucros os ágios pagos por aquisições recentes. Os descontos seriam feitos escalonadamente, nos próximos anos.
Para os analistas, a antecipação do lançamento contábil dos ágios significa que no último trimestre os ganhos tendem a ser espetaculares.
InvestNews
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