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Brasil

Leia o artigo “Dourados e a Operação Uragano”, por José Tibiriçá

23 Mar 2011 - 18h10Por

DOURADOS E A OPERAÇÃO URAGANO

Nesses mais de seis meses, nossa cidade foi sacudida por um vulcão que lançou muitas larvas contra figuras políticas do poder executivo, como o prefeito que nem o porco o perdoou, a maior parte de seus secretários, vereadores aliados, profissionais liberais que compunham sua administração, dentre eles, advogados, médicos, professores, engenheiros, pastores evangélicos, dentistas, empresários da construção civil, da pecuária e agricultura, enfim, compunha-se da maioria das camadas sociais, do pequeno, médio e grande. O fato foi tão grave, pois até deputados estaduais que buscavam a reeleição, outros pleiteando uma vaga na assembléia legislativa estadual, câmara federal e um que disputava um vaga no senador, foram alvos de denúncias, cujas fichas estavam sujas, sendo assim atingidos indiretamente, ficando fora do processo eleitoral.

O mundo está sendo sacudido por terremotos, fenômenos sobrenaturais, mas como a terra não é estática, sempre há mudanças em todos os setores, a política local, estadual e a nível federal não ficaram ilesas. Alguns suspeitos conseguiram seu retorno, no nosso Estado, mesmo enlameados, mas isso ocorreu, também nos grandes centros com o malufismo, rorizmo e calheirismo presente numa região muito pobre, onde o analfabetismo com a ajuda dos políticos mais corruptos do país, brindou o collorismo, levando-o à presidência da república em 1989, mas sendo apeado em 1992.

A população do Pará trouxe de volta o barbarismo, mas sua ficha estava muito suja, voltou para casa, pois foi rejeitado pelo TSE, mas figuras outras surgiram como o tiririquismo, romarismo que conseguiram o seu espaço pela ignorância de seus eleitores. Por falta de opção, porque quanto maiores as cidades brasileiras, sua população pela correria, não tem tempo para parar e pensar, assim escolhem aquelas pessoas que costumam estar na mídia, pois São Paulo quase elegeu um senador de apelido netinho, só porque canta bem, o povo gosta do estilo da sua música e  imaginava que a câmara alta, seria o seu lugar, afinal lá chegam muitos, mais pela fama.

Em Brasília, cuja capital tem o nome latino de Brasil, estão representados os vinte e seis brasis e o distrito federal, de cuja capital, se copia a maior parte das coisas erradas de alguns políticos, em razão do sistema que ali se implantou, desde sua fundação, deixando um pouco no Catetinho.

a corrupção é coisa do tempo de Adão e Eva, satânica, afinal na Bíblia existe a história da cobra que convenceu Eva a comer do fruto proibido. O meu colega de faculdade, também douradense, Dr. Eduardo Rocha, juiz que respondeu interinamente como prefeito de Dourados, no dia da sua posse, ao proferir o seu discurso, afirmou que políticos tinham satanizado nossa cidade. Até concordo com ele, afinal muitas pessoas que se intitularam de evangélicos, travestidos de lobo, enganaram seus irmãos de fé e os demais eleitores. Da safra da gestão anterior, retornaram três e eleitos mais nove novatos que não se comportaram, conforme as regras, não cumpriram o que tinham proferido no juramento ao tomar posse. É muito triste, afinal nossa cidade hoje está tentando se levantar com o trabalho do novo prefeito e os vereadores suplentes, deverão ficar atentos, pois a população está indignada, eles terão a obrigação de dar o exemplo com muito trabalho, pois a próxima eleição  em 03/10/2012, será muito difícil, devido ao acontecido recentemente..

Caso não haja prorrogação do mandato de prefeito e vereadores para coincidir com a eleição ao governo do estado, deputados estaduais e federais, senadores e presidente, a responsabilidade do eleitor douradense aumentará ao fazer sua escolha, pois dizem que há possibilidade de passar para dezenove ou vinte e uma vagas para os edis.. Isso acontecerá, daqui a menos de dezenove meses, porém, seria importante que os partidos apresentassem pessoas com condições de serem pré-candidatos, pois quando se fala condições, não é só financeira, mas de pessoas com conhecimento, vida pregressa ilibada. Seria oportuno que fossem submetidos a psicotécnico para se aferir algo sobre seu caráter e provassem que sabem ler, escrever, elaborando uma peça, uma redação, onde cada um pudesse expor a sua pretensão, o porquê do desejo de ser um edil.

O legislador deve ao menos conhecer a Lei Orgânica do Município, a Constituição Estadual, Federal, possuir habilitação para tal, no mínimo o curso superior, afinal Dourados não é mais nenhuma corruptela, não podemos voltar ao tempo do carcamano, do zé borralho.

O Município de Dourados, na sua emancipação trouxe muitos vícios, era composto de homens de bens e alguns que outrora seus atos, jamais seriam aprovados na época atual, pois imperava o coronelismo, cujas patentes nunca foram das forças armadas, os tais coronéis da macega, como dizem os militares da ativa.

Nas eleições realizadas era comum muitas pessoas obter vários títulos eleitorais, votavam várias vezes em nosso município em candidatos do sistema, nos vários distritos, nas seções da cidade e elegiam seus vereadores, prefeito. Na eleição de 1982 para favorecer determinado candidato ao governo e outros cargos, até na Picadinha o número de eleitores aumento significativamente passando para duas seções. Na época era Juiz Eleitoral em Dourados, Dr Rêmulo Leteriello, desembargador aposentado recentemente, o qual entrou em contato com meu pai Abílio Ferreira, cartorário na época, tirou algumas informações sobre muitas pessoas estranhas que ali estavam votando pela primeira vez, muitos funcionários públicos, enfim de todas as profissões. Descobriu-se que muitas pessoas eram eleitores em Campo Grande, funcionários da Sanesul e outros órgãos, principalmente  estaduais, possuíam títulos para votarem no referido Distrito. Depois da averiguação, foi emitida uma portaria pelo juiz eleitoral, proibindo aqueles eleitores fantasmas de aparecerem no local, sob pena de prisão, tendo aparecido apenas um do Carumbé, que alertado, deu meia volta volver, ficou assustado e pediu para não ser preso, já faleceu. Essa situação somente diminuiu com o surgimento do voto eletrônico, mas infelizmente após terem outorgado o direito do voto aos analfabetos e menores de dezesseis anos, o eleitor nas camadas menos favorecidas foi corrompido, principalmente os mais novos.

Dizem que ninguém nasce com a estrela na testa, mas chegou num momento que o Palácio Jaguaribe (rio das onças) fez a onça rugir e a casa caiu. Falando nisso, retiraram para reforma do prédio a placa que estava afixada na parede, lado esquerdo, de quem entrava, onde se contava um pouco da historio do homenageado. Assim, seria importante que ali fosse recolocada, pois muita gente não sabe o nome do prédio onde funciona a Câmara de Vereadores.

Esperamos a extinção do vulcão, pois Dourados já teve também  vereadores sérios, honestos,  prefeito exemplar como o contador Vivaldi de Oliveira, petebista histórico, falecido há menos de dois anos. Ele nos deixou um legado, antes de sair da prefeitura, outorgou a cada vereador uma procuração lavrada em cartório para que cada um, caso quisesse, pudesse investigar sua vida em qualquer repartição. Aposentou-se trabalhando na Junta Comercial posteriormente, sendo um orgulho para os seus dois filhos que residem em Dourados.

Infelizmente poucos lêem, acompanham a vida de cada pessoa que nela depositou o voto. O homem não nasce corrupto, vai depender muito de onde veio, da cultura que recebeu, do seu meio, mas existe também suas exceções. Assim é o político, deve ser bem assessorado, mas de pessoas de boa índole, que na sua fraqueza, poderão mudar o rumo do seu pensamento.

Dourados-MS, 22 de março de 2011.

José Tibiriçá Martins Ferreira, advogado e pequeno produtor rural na                                   Picadinha.

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