Em um discurso na Universidade Temple (Filadélfia), Kerry sustentou que "em vez de usar as forças militares dos EUA para capturar Osama Bin Laden, o presidente terceirizou a tarefa e concedeu-a aos caudilhos locais afegãos, que deixaram que Bin Laden escapasse". "E em vez de completar a tarefa no Afeganistão, o presidente se lançou em uma nova guerra no Iraque", acrescentou Kerry. "Essa foi outra decisão equivocada".
Kerry, que segundo a maioria das enquetes está atrás de Bush nas preferências dos eleitores a menos de seis semanas da eleição, acentuou suas críticas ao governo tanto por sua política externa como pela situação econômica nos EUA.
No entanto, em 2002, quando o Congresso autorizou ao Executivo declarar a guerra, Kerry apoiou a moção que conduziria a invasão do Iraque. Agora o candidato democrata sustenta que Bush foi à guerra no Iraque "sem um plano para conquistar a paz".
Hoje Kerry mencionou uma longa lista de "decisões equivocadas" de Bush na guerra contra o terrorismo e a ação internacional para prevenir a proliferação de armamento nuclear, biológico e químico. "Em vez de encarar os perigos nucleares urgentes da Coréia do Norte e do Irã, o presidente permitiu que esses perigos crescessem durante sua gestão", disse.
"Em vez de unir o mundo contra os terroristas, o presidente fez com que se afastassem os países de cuja ajuda necessitamos para derrotar os terroristas", acrescentou. Sobre o Iraque, Kerry lembrou que "em vez de escutar os militares, seu próprio Departamento de Estado, os dirigentes republicanos no Congresso e os especialistas, o presidente seguiu a corrente dos ideólogos que lhe disseram que nossas tropas seriam recebidas como libertadoras".
O candidato acrescentou que "a guerra contra o terrorismo é uma luta tão monumental como a Guerra Fria", mas "não é um choque de civilizações, já que o fundamentalismo islâmico não é o verdadeiro rosto do Islã", acrescentou.
Terra Redação
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