O presidente Bush, que em toda sua carreira política recebeu grandes contribuições dos fabricantes de armas, que defendem o direito dos cidadãos a possuir armas sem restrição, "fez hoje uma escolha", disse Kerry em um discurso em Washington. "Bush escolheu seus poderosos amigos do bloco a favor das armas em vez dos oficiais de polícia e das famílias que prometeu proteger", afirmou.
Associações policiais de todo o país e familiares de pessoas mortas ou feridas por armas de fogo defenderam durante anos uma prorrogação da lei conhecida como "Lei Brady" em homenagem ao ex-secretário da Casa Branca, James Brady, ferido gravemente no atentado contra o presidente Ronald Reagan em 1981. A esposa de Brady, Sarah, que lutou energicamente em favor desta lei, disse hoje que Bush "poderia ter mostrado sua liderança indicando aos republicanos no Congresso que trouxessem o assunto para discussão".
Wayne LaPierre, presidente da Associação Nacional do Rifle (NRA, sigla em inglês), disse à rede CBS de televisão que as armas até hoje abolidas não são diferentes de qualquer outra arma de fogo que é vendida livremente e "não abrem buracos maiores que as outras".
Nos Estados Unidos há cerca de 300 milhões de armas de fogo nas mãos de uma população de 290 milhões. A maior parte desse arsenal é formado por pistolas e revólveres que são vendidos livremente em boa parte do país e com poucas restrições em alguns estados. As armas de uso militar, como os fuzis, podem ser vendidos com pequenas modificações, como a eliminação do mecanismo de repetição, algo que pode ser resposto em uma oficina de armamentos amadora.
Terra Redação
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