O juiz eleitoral Paulo Cinoti mandou ontem a Polícia Federal procurar e apreender, com supostos cabos eleitorais em Dourados (MS), panfletos apócrifos com o título "João Grandão, companheiro de Delcídio do PT, chefiava a quadrilha dos sanguessugas". Na quarta-feira passada, Dourados amanheceu tomada pelos panfletos, principalmente na região do Jardim Flórida, com supostas denúncias contra o deputado federal candidato à reeleição.
Os panfletos reproduzem uma série de reportagens divulgadas pela mídia nacional como a revista VEJA, O GLOBO, entre outras, que acusam o parlamentar de envolvimento com a máfia das ambulâncias. Outro panfleto reproduz trecho da entrevista do candidato a governador Delcídio do Amaral (PT) ao Midiamax em que ele demonstra solidariedade ao deputado. “Primeiro precisa esclarecer a questão, como disse o presidente da CPI, o fato de existir uma nominata não quer dizer que as pessoas são culpadas. O João Grandão é um deputado que tem um desempenho destacado e reconhecido na Câmara. Então não está correto se afirmar que ele está envolvido com as sanguessugas sem provas", diz.
A decisão da Justiça atende ao pedido do senador Delcídio Amaral, candidato a governador de Mato Grosso de Sul pelo PT. Ele responsabiliza pela distribuição dos panfletos o seu principal adversário, o candidato a governador André Puccinelli (PMDB). Os panfletos, segundo o senador, circulam desde a noite de quarta-feira em Dourados, segunda maior cidade do Estado e reduto eleitoral do deputado João Grandão que foi acusado pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, acusado de liderar a máfia das sanguessugas, de receber propina no esquema de venda de ambulâncias.
O juiz mandou ainda que as apreensões eventualmente feitas sejam encaminhadas ao Ministério Público para apuração. Do tamanho de uma folha A4, o panfleto traz em destaque a foto de Grandão. No canto inferior esquerdo, há uma montagem com as fotos dos rostos de Delcídio e Grandão ligadas, na altura da boca, ao desenho de uma bolsa de transfusão de sangue. Sobre a foto do senador aparece um balão com o seguinte texto: "É, Grandão, o sangue é doce, mas está acabando". "Forraram a cidade com esses panfletos. Foram vistos alguns carros da coligação de Puccinelli distribuindo", afirmou Valeriano Fontoura, advogado de Delcídio. Puccinelli respondeu, via assessoria de imprensa, que desconhece a circulação de panfletos e não usa esses métodos na campanha.
Mídia Max
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