A taxa média de operações de crédito acompanhou o aumento da taxa Selic em setembro (de 16 para 16,25%) e subiu pela primeira vez em seis meses, segundo dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira.
A taxa média para empréstimos bancários chegou a 45,1% em setembro, contra 43,9% em agosto. Trata-se da primeira elevação desde março.
Como a Selic voltou a subir em outubro, para 16,75%, o juro para o consumidor deverá continuar em ascensão.
As pessoas jurídicas estão pagando uma conta maior, segundo o BC. Em setembro, o juro pago por elas em operações de crédito foi de 28,8% ao ano para 30,4%.
A autarquia diz que o movimento refletiu a variação do dólar.
Para a pessoa física, a taxa média ficou praticamente estável (subiu de 63,1% para 63,2% ao ano). No crédito pessoal, porém, houve aumento de 0,1 ponto percentual, chegando a 74% ao ano. A taxa média cobrada do tomador final subiu de 43,9% ao ano em agosto para 45,1% no mês seguinte.
O volume de crédito do sistema financeiro aumentou em setembro em razão de operações relativas à safra agrícola e da demanda sazonal do setor produtivo antes da atividade de final de ano.
A base monetária (dinheiro em circulação) do mês de setembro aumentou 0,9% e atingiu o total de R$ 73,198 bilhões, considerando-se a média dos saldos diários. O saldo de papel-moeda registrou crescimento de 1,4% e somou R$ 50,236 bilhões, enquanto as reservas bancárias diminuíram 0,2%, com volume de R$ 22,961 bilhões.
O relatório do BC adianta, também, que houve expansão de 1,4% das operações de crédito no mês passado, e o volume total chega a R$ 460,3 bilhões, equivalentes a 26,3% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 26% no mês anterior e 25,4% em setembro do ano passado.
O resultado se deve, principalmente, à demanda por recursos para formação de estoques para vendas de fim de ano e pelos empréstimos para plantio da safra agrícola 2004/2005, apesar de o custo médio das operações de crédito com recursos livres ter aumentado 1,2 ponto percentual, situando-se na média de 45,1% ao ano.
O destaque ficou com o volume de crédito do sistema financeiro com recursos livres, que totalizou R$ 263,3 bilhões, uma alta de 1,9% contra agosto.
O spread - diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa cobrada do tomador final - aumentou de 27,5 pontos percentuais em agosto para 27,7 pontos em setembro.
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