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Juiz acata pedido e afasta prefeito e vice de Cassilândia

19 Abr 2007 - 06h15

O juiz Ronaldo Gonçalves Onofre, da 1ª Vara Civil e Criminal de Cassilândia, determinou na tarde desta quarta-feira o afastamento do prefeito José Donizete Ferreira de Freitas (PT) e do vice-prefeito Tião da Marieta (PSB) a pedido do MPE (Ministério Público Estadual) em decorrência das denúncias de fraude, desvio de dinheiro público e agiotagem na Prefeitura e que foram descobertas durante a “Operação Judas”. Como prefeito e vice-prefeito foram afastados, vai assumir o cargo o presidente da Câmara Municipal de Cassilândia, vereador Baltazar Spares Silva (PSDB).


Ontem à noite a Polícia Civil prendeu o servidor Jorge Kobayashy, responsável pela contabilidade da Prefeitura, por ocultar provas sobre os crimes de fraude, desvio de dinheiro público e agiotagem pelas quais outros cinco servidores e mais uma pessoa já estão presos. Informações apontam que ele poderia atrapalhar as investigações, pois estava ocultando documentos importantes.


Os policiais acreditam ainda que essa atitude do servidor pode significar que ele também está envolvido no esquema. Por enquanto, durante a “Operação Judas”, deflagrada pelo MPE (Ministério Público Estadual) e com o auxílio das polícias Civil e Militar e Unicoc (Unidade Integrada de Combate a Organizações Criminosas), já foram detidos os servidores Luceni Quintana Corrêa, Ana Regina Arantes, Ivete Vargas de Souza, Waldimiro José Cotrim Moreira e Orange Rezende e Silva, além de Eugênio Luiz Azambuja, que é marido de Luceni.


Na segunda–feira, o prefeito tinha pedido o afastamento dos servidores denunciados e instaurado sindicância para colaborar com as investigações do MPE e apurar os fatos na Prefeitura. Donizete de Freitas afirmou ainda que os servidores seriam exonerados caso fossem comprovadas as denúncias, sendo que chegou a nomear o advogado Ademir Gruvinel para chefiar a comissão de sindicância, juntamente com outro advogado e uma servidora municipal.


O promotor de Justiça Fábio Lanni Goldfinger não descartou que mais pessoas seriam presas, mas, por enquanto, não divulgou quanto já teria sido desviado dos cofres da Prefeitura, limitando-se a afirmar que o número já chega a milhões e citando que através do esquema podem ser descobertas outras fraudes praticadas pelos criminosos. Questionado sobre a possibilidade de o prefeito estar envolvido na ação criminosa, o promotor de Justiça explicou que as investigações não apontavam, por enquanto, nenhum envolvimento, mesmo assim Donizete seria convidado a prestar esclarecimentos.


O esquema


Cinco presos tiveram a prisão prorrogada até amanhã, com exceção de Orange e Jorge, tiveram a prisão prorrogada por mais cinco dias no último sábado com o objetivo de colher provas e realizar prisões de envolvidos no desvio de recursos da administração pública de Cassilândia. Além da prisão dos envolvidos, na casa do casal Luceni Quintana Corrêa e Eugênio Luiz Azambuja foram apreendidos R$ 584.082,53 em dinheiro e cheques, a maioria proveniente dos caixas da Prefeitura Municipal de Cassilândia, o que demonstra a gravidade dos fatos.


As prisões e apreensões só reforçaram a denúncia de que a servidora movimentava a conta do Executivo municipal para operar esquema de agiotagem em parceria com o marido Eugênio Luiz Azambuja, que é da cidade de Inocência. Os dois são acusados dos crimes de peculato, ordenação de despesa não autorizada em lei, quadrilha ou bando e lavagem de capitais contra a Prefeitura Municipal de Cassilândia.


Segundo o MPE, em ação de representação pela prisão cautelar e busca e apreensão de bens em domicílios, Luceni Quintana Corrêa estaria apropriando-se de dinheiro da Prefeitura com o auxílio do marido. Ele emprestava dinheiro a juros, sendo que os cheques que recebia dos “clientes” eram repassados à esposa que, por sua vez, depositava na conta da Prefeitura e, posteriormente, efetuava os saques em dinheiro da quantia depositada.


Dessa forma, conforme a denúncia do MPE, mesmo que os cheques não fossem pagos por insuficiência de fundos, ela recebia os valores em dinheiro. A acusada ainda descontava na boca do caixa da agência do Banco do Brasil em Cassilândia cheques emitidos pela Prefeitura e tendo como beneficiário o próprio Executivo municipal, recebendo a quantia em dinheiro, sendo que a evolução patrimonial da acusada está em desconformidade com o cargo que ocupa.


O MPE também acusa os servidores Ana Regina Arantes e Waldomiro Moreira Coltrim de participação nos crimes, sendo que Coltrim é apontado como um dos articuladores do esquema de corrupção. Além disso, a servidora Ivete Vargas Rocha de Souza, responsável pelas licitações na Prefeitura, também é acusada de participar do esquema.

 

 

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