Os dados mostram que 72,5% dos jovens pesquisados que não estavam morando com a família faziam uso diário de drogas, enquanto 19,7% dos que vivem com a família consomem do mesmo modo. O levantamento foi apresentado ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem pela pesquisadora Ana Regina Noto. "A pesquisa reforça a importância do vínculo familiar e de políticas com esse fim", disse a pesquisadora.
Foram ouvidas 2.807 crianças e adolescentes em todo País, sendo que 75,5% são do sexo masculino. A maioria dos entrevistados (55,8%) declarou que estava estudando, porém há diferenças regionais. Em Porto Velho, por exemplo, todos os entrevistados estavam estudando enquanto em São Paulo nenhum estava no colégio. Outras capitais também tiveram índices baixos como Rio de Janeiro (9,6%) e Recife (4,7%). Os motivos atribuídos para o afastamento do colégio foram os mais diversos. Uns disseram não gostar (24,3%), outros porque saíram de casa (22,3%) ou porque foi expulso da unidade de ensino (13,6%).
Das crianças e adolescentes entrevistados, 42,6% afirmaram que estavam nas ruas por diversão, liberdade ou falta de outra atividade. Já 37,7% disseram que precisavam garantir o sustento deles mesmos ou da família. A relação familiar ruim foi motivo atribuído por 26,6% dos jovens estarem nas ruas. A pesquisa mostra ainda que grande parte (45,7%) está em situação de rua entre um e cinco anos. Passam seis horas ou mais nas ruas (59,1%).
Para se sustentar vigiam carros (41%), pedem dinheiro ( 25,8%), vendem coisas (21,9%) e até praticam furtos ou roubos (17,1%).
Terra Redação
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