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Brasil

Investimento no pólo gasquímico é de US$ 1,3 bilhão

12 Jul 2004 - 14h45
 “O polo gasquímico é um dos melhores projetos do Brasil”, assim o senador Delcídio do Amaral definiu a implantação do pólo que deve ocorrer até 2010, durante apresentação do estudo de viabilidade feito pela Petrobras hoje pela manhã no auditório da governadoria. O estudo leva em conta fatores como análise estratégica, disponibilidade de matéria-prima. Segundo ele, o investimento de US$ 1,3 bilhão necessário para a instalação do pólo se paga em 5 anos, caso haja financiamento. O retorno anual caso haja financiamento é de 23,4%, enquanto sem o financiamento, é de 16,3%. “Os números mostram que o projeto é altamente viável e sólido”, analisou.

Delcídio do Amaral afirmou que a viabilização econômica e técnica do projeto ocorre na região de Corumbá principalmente pelo preço do gás boliviano, que será comercializado na região por US$ 1,4 por milhão de BTUs, o mesmo preço comercializado na Bolívia e bem mais em conta que os US$ 3,3 que vale para o resto do Brasil. Segundo o senador, serão usadas máquinas apropriadas para a instalação da termelétrica em Corumbá, que viabilizará o pólo. Somente a instalação da termoelétrica gerará cerca de 700 empregos. “O pólo será um fator multiplicador de trabalho na região, e um dos principais desafios é preparar a mão-de-obra local para as empresas que devem se instalar para o uso da matéria-prima fabricada através da separadora de gás”, afirmou.

A escolha da fronteira entre Brasil e Paraguai na região de Corumbá para a instalação do pólo ocorre também pela necessidade de mercado, disponibilização de matéria-prima (gás natural), melhor uso do gás boliviano, descentralização industrial, desenvolvimento da região de baixo nível de industrialização. Conforme o projeto, o principal produto a ser fabricado no pólo é o polietileno, matéria-prima da indústria de plástico de onde são fabricados produtos como tubos, filmes, utensílios e embalagens. A princípio, o polietileno será consumido em São Paulo (75%); Exportação (15%); Bolívia (8%) e Mato Grosso do Sul (2%).

O estudo ainda indica que a partir de 2010, o país começa a ter déficit de polietileno; outro fator que justifica a instalação do pólo gasquímico na região de Corumbá. A separadora de gás, que também faz parte do projeto, vai produzir o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), usado nos botijões de gás, com capacidade para produzir 390 mil toneladas ao ano. O Cracker irá transformar o etano em eteno (possibilidade da produção chegar a 750 mil toneladas ao ano) para a fabricação de 540 mil toneladas de polietileno anualmente. O estudo prevê ainda a importação de eteno da Argentina para suprir as necessidades do pólo. O consumo de gás no pólo será de 5 milhões de metros cúbicos por dia.

A amônia e uréia, produtos usados para a fabricação de fertilizantes, também serão subprodutos no pólo gasquímico e devem, inclusive impulsionar o setor agrícola do Estado, segundo prevê o senador. Ainda estão em discussão a maneira de como a amônia e a uréia serão produzidos: se através do gás natural ou do hidrogênio. A produção de uréia pode chegar a 300 mil toneladas ao ano.

Delcídio do Amaral lembrou dos investimentos do Governo Popular na infra-estrutura viária, principalmente no trecho da ferrovia entre Corumbá e Campo Grande e o acesso rodoviário ao pólo, essenciais para a viabilização do projeto. “A longo prazo, a infra-estrutura viária deverá receber mais investimentos”, disse.


Empregos - Durante a apresentação do estudo, o senador Delcídio do Amaral citou a geração de empregos durante a construção do pólo, que deve chegar a 6 mil. Entre salários e benefícios, a previsão é de que sejam gerados US$ 6 bilhões em um prazo de 15 anos ao longo da implantação do projeto. Outro grande desafio frisado pelo senador para a implantação do pólo gás-quimico é a questão ambiental, na qual a previsão para a liberação da licença é de dois anos. “A Petrobrás já começa a fazer os estudos de impacto ambiental e a principal preocupação é com a preservação da região pantaneira”, disse.

Conforme o cronograma elaborado pela Petrobrás, no quarto trimestre de 2009 o pólo entra em operação e o funcionamento da separadora será feito antes desse prazo. Os principais sócios do projeto, que tem no comando a Petrobrás, são: a Copagás (separadora) e a Repson (Espanha), Brasquem e IPFB (Bolívia). O senador lembrou que há cerca de 20 anos, a Petrobrás não realizava investimentos na área de gás. “O futuro de Mato Grosso do Sul é agora, com o início da implantação do pólo, que vai mudar definitivamente o perfil econômico do Estado”, concluiu.
 
 
Agência Câmara

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