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Brasil

Inquérito de 1,6 mil páginas indicia goleiro Bruno por 6 crimes

30 Jul 2010 - 07h42Por Terra
O delegado Edson Moreira confirmou, ao deixar o Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, que o inquérito sobre o desaparecimento e a suposta morte de Eliza Samudio foi concluído. O texto, de 1,6 mil páginas e três anexos, será entregue na manhã desta sexta-feira para o promotor Gustavo Fantini, do Ministério Público de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O inquérito indicia o goleiro Bruno de Souza, do Flamengo, por seis crimes.

O ex-capitão rubro-negro será indiciado por homicídio, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, Elenilson Vitor da Silva, Sérgio Rosa Sales e Fernanda Gomes Castro também foram indiciados pelos mesmos crimes.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, foi indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha e ocultação de cadáver.

Segundo as investigações, Macarrão, o menor primo de Bruno, Sérgio, Wemerson e Flávio têm envolvimento no sequestro de Eliza, no cárcere privado e no transporte dela até a casa de Bola, onde a polícia acredita que ela foi assassinada. Bola foi o executor. Dayanne, que é mulher de Bruno, e Fernanda, cuidaram do filho da ex-amante em diferentes momentos.

Depoimentos
Como provas testemunhais o delegado se baseou nos depoimentos dos primos de Bruno, principalmente. O adolescente de 17 anos, que foi apreendido na casa do goleiro no Rio de Janeiro, é para a polícia quem mais fielmente descreveu todas as cenas que envolvem o crime, desde o sequestro dela no dia 4 de junho até a morte, no dia 9 de junho. O fato dele ter mudado o depoimento na última vez que foi ouvido, durante acareação no DIHPP, não alterou o relatório policial. O depoimento dado pelo jovem na Vara da Infância e Juventude de Contagem foi anexado ao inquérito.

Outro depoimento que a polícia tomou como primordial é o de Sérgio Rosa Sales, o Camelo, que afirmou durante três vezes ter visto Eliza no sítio de Bruno, em Esmeraldas, e também visto ela sendo levada pelo menor e por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, na noite do dia 9 de junho, para a casa de Bola, em Vespasiano, onde ela teria sido estrangulada. Segundo a polícia, Sérgio narrou com detalhes, nos depoimentos, diálogos entre Macarrão, Bruno e o menor logo após Eliza ter sido morta.

Além do laudo do Instituto de Criminalística de Belo Horizonte, que atestou a presença do sangue de Eliza no carro de Bruno, apreendido no dia 8 de junho, a polícia anexou ao inquérito relatórios com o cruzamento de ligações telefônicas feitas entre os suspeitos, principalmente Bola; dados dos deslocamento do jipe Range Rover do goleiro registrados em GPS; arquivos do computador pessoal de Eliza nos quais foram gravadas conversas dela com amigas relatando ameaças; e também dados de arquivos periciados pelo IC encontrados em um computador de Macarrão.

Bruno raspa o cabelo
O goleiro Bruno Souza raspou a cabeça no presídio de Contagem (MG), informou nesta quinta-feira a Secretaria de Defesa Social. O cabelo do atleta foi queimado na sua frente, nesta semana, como garantia de que não seria usado em um exame de DNA. O jogador se recusou a fornecer material para o teste. Luiz Henrique Romão, o Macarrão, também teve os cabelos raspados. Os outros cinco homens presos por suspeita de envolvimento no caso já tiveram cabeça raspada, conforme a secretaria.

O caso
Eliza desapareceu no dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a agrediu para que ela tomasse remédios abortivos. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para pedir o reconhecimento da paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estava lá. A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante depoimento, um dos amigos de Bruno afirmou que havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa. Contudo, após conseguir um alvará, foi colocada em liberdade. O bebê foi entregue ao avô materno.

Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza seguindo denúncias anônimas, em entrevista a uma rádio no dia 6 de julho, um motorista de ônibus disse que seu sobrinho participou do crime e contou em detalhes como Eliza foi assassinada. O menor citado pelo motorista foi apreendido na casa de Bruno no Rio. Ele é primo do goleiro e, em depoimento, admitiu participação no crime. Segundo o delegado-geral do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) de Minas Gerais, Edson Moreira, o menor apreendido relatou que o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, estrangulou Eliza até a morte e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Os três negam participação no desaparecimento. A versão do goleiro e da mulher é de que Eliza abandonou o filho. No dia 8, a avó materna obteve a guarda judicial da criança.

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