O velho inimigo dos brasileiros parece estar de volta. A cada mês, a inflação tem ocupado espaço não só na mesa das famílias, mas no aluguel, na escola e agora no posto de combustível.
Devido a entressafra da cana de açúcar, que é o período intermediário entre uma safra e outra, o álcool está mais caro na bomba e também na mistura da gasolina. Com isso, abastecer o carro tem pesado cada vez mais no bolso e também na formação do índice geral de inflação, que ganha força a cada novo aumento de um setor.
Nesta sexta-feira (5), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) do mês de abril que, ao que tudo indica, deve continuar a encostar na meta do governo, que é de 4,5% ao ano.
Na prévia divulgada no final do mês passado, a inflação estava em 0,77% no mês, levemente menor que a registrada em março, mas ainda assim comprometendo o sistema de metas do governo. Como o regime permite oscilação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, o teto de 6,5% já estaria sendo atingido. Caso as projeções de abril sejam confirmadas, a inflação acumulada estaria em 6,4%.
Para tentar frear o dragão, o governo tem feito de tudo nos últimos meses. Na mesa, estão sendo analisadas desde uma redução na mistura do álcool na gasolina, ao repasse do controle do etanol à ANP (Agência Nacional de Petróleo) como também um novo aperto na taxa básica de juros, a Selic.
Desde o ano passado, foram retirados os estímulos à economia, como a redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) e o Banco Central decidiu pelo aumento gradual da taxa Selic, que passou do menor valor da história, de 8,75%, para 12,25% ao ano.
Com isso, o governo conseguiu puxar um pouco a rédea do consumo desenfreado dos brasileiros. Com taxas bancárias mais salgadas, ele se viu obrigado a repensar os prazos, as formas de pagamento e abandonar o cartão de crédito.
No entanto, outros fatores parecem ir contra aos esforços. Com a instabilidade do clima e a alta procura por alimentos, os comerciantes estão tendo que reajustar os preços toda a semana, o que tem pegado de surpresa toda a ida da dona de casa à feira. Os serviços básicos, como salão de beleza, a diarista, o curso de inglês, aluguel e transportes acabam entrando na dança.
Aos brasileiros, a solução tem sido voltar a usar as "armas" antigas, como intensificar a pesquisa de preço, substituir os produtos na mesa, evitar as compras parceladas e trocar o carro e o ônibus pela bicicleta. Segundo especialistas e também porta-vozes do governo, a previsão é que a inflação comece a desacelerar nos próximos meses, indo de encontro ao centro da meta, de 4,5%.
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