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Brasil

Índios de Paranhos tentam queimar mulher viva

9 Out 2006 - 08h16

Índios da etnia guarani-kaiowá, residentes em uma aldeia no município de Paranhos, tentaram queimar viva uma indígena de 32 anos acusada de praticar magia negra no interior da reserva. Segundo as informações da Polícia, a tentativa de execução da vítima foi registrada há dois meses e só não se consumou porque o cacique da reserva e um professor, também indígena, interviram e conseguiram convencer a população a deixar a mulher viva.

Segundo informações do professor, cujo nome foi preservado por temer represálias da comunidade indígena a qual pertence, a mulher residia há tempos na aldeia onde ocorreu o fato e teria aprendido, de forma secreta, os rituais de magia negra com outra indígena originária do Paraguai que já estaria morta. Ele explicou que a história veio à tona por intermédio de um senhor já de idade, residente na aldeia.

O ancião teria adoecido e, em virtude da doença, apareceu uma ferida na cabeça, mais precisamente na região da testa, que insistia em não sarar, mesmo depois de várias visitas a médicos em Paranhos. Em determinado tempo, após vários meses sofrendo com a moléstia, o indígena teria passado a ter a presença da suposta feiticeira, em seus sonhos, o que levou a deduzir que ela seria responsável pelo “feitiço” que o atormentava.

Fogueira

A história espalhou-se rapidamente por entre a comunidade indígena que é formada por cerca de 80 famílias e a própria população da aldeia procurou a mulher para tirar satisfações. Pressionada pela multidão, a indígena, que é casada e tem filhos menores de idade, confirmou que realmente praticava magia negra, disse que aprendeu os rituais com uma índia de origem paraguaia que já estava morta.

Além disso, a suposta feiticeira teria confirmado também que havia feito um feitiço contra o ancião simplesmente para “testar” sua magia. De acordo com o professor, a indígena teria afirmado, também, que havia realizado um “trabalho” contra um outro indígena, o que teria provocado seu suicídio, o único suicídio de indígena registrado na aldeia no decorrer deste ano.

Para se vingar da suposta “bruxa”, os moradores da aldeia exigiram que a mulher retirasse o feitiço do velho índio e a amarraram em um tronco de madeira na região central da aldeia com o objetivo de queimá-la viva, como ocorria na Idade Média com as bruxas. Segundo o professor que presenciou o fato, os índios chegaram a colocar lenha em torno do tronco onde a mulher estava amarrada e já se preparavam para acender o fogo.

Negociação

Foi nesse momento que teve início o longo processo de negociação para fazer a comunidade desistir da idéia de queimar viva a suposta “bruxa”. Segundo o professor, após muita luta para tentar convencer os mais afoitos, as lideranças da reserva indígena conseguiram manter a mulher viva.

No entanto, como castigo, a tribo decidiu furar o nariz da indígena e atravessar uma barra de ferro com espessura de um fio de arame, onde foram amaradas diversas latas nas duas extremidades. De acordo com o professor, a mulher teria permanecido durante um mês nessas condições, amarrada e recebendo apenas comida e água.

Após trinta dias, os indígenas teriam arrancado o arame do nariz, cortado a ponta do dedo “minguinho” de uma das mãos e expulsado a mulher da reserva. Ela foi deixada às margens da MS-295, entre Tacuru e Iguatemi, e, desde então, não foi mais vista, sendo que os filhos dela foram tomados e, pela cultura da população, divididos entre outras famílias da reserva para serem criados.

 

 

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