Neste ano, as importações iniciaram com cerca de 30 dias de atraso, se comparadas às do ano passado, quando as compras brasileiras de bulbos argentinos começaram na segunda quinzena de fevereiro/10.
Isso ocorreu devido ao cenário totalmente oposto ao verificado nesta temporada no Brasil: oferta elevada e preços muitos baixos.
Em 2010, a safra sulista terminou antes do previsto por conta da chuva que prejudicou a qualidade da cebola local e restringiu a oferta.
Neste ano, além do aumento de área, as regiões produtoras tiveram produtividade elevada, pressionando a cotação do bulbo nacional e tornando a importação inviável até março.
Além disso, na temporada passada, os primeiros bulbos argentinos estavam com baixa qualidade.
Já neste ano, importadores alegam que a qualidade é boa. No primeiro levantamento semanal de preços da cebola importada feito pelo Cepea neste ano (de 14 a 18 de março), a média do produto argentino em Porto Xavier (RS) foi de R$ 20,33/sc de 20 kg de caixa 3.
Segundo importadores e atacadistas brasileiros, com a proximidade do fim da safra sulista, a cebola argentina ganha cada vez mais espaço, podendo ser comercializada até junho, quando outras regiões brasileiras começam a ofertar.Enfim, preço da cebola sulista reage.
A cebola sulista, que vinha registrando cotações abaixo do custo de produção desde o início a safra (novembro/10), finalmente valorizou-se no início de março.
Com grande volume de bulbos e qualidade insatisfatória, muitas vezes com bico ’água e mofo preto, o descarte chegou a até 30% das precoces.
O descarte elevado, aliado à restrição de oferta, fez o preço da cebola de qualidade superior se recuperar.
Segundo produtores, apesar da crescente entrada de cebola argentina no País, os preços do bulbo nacional podem se manter nos patamares atuais.
Isso porque a qualidade do produto brasileiro tem melhorado e, o volume de oferta do Sul, reduzido.Área plantada pode diminuir em São Paulo.
Produtores de Monte Alto e São José do Rio Pardo (SP) começaram o plantio da safra 2011 na primeira quinzena de março. Porém, as chuvas intensas entre o final de fevereiro e início de março atrapalharam as atividades de campo.
Segundo agentes da região, cebolicultores ainda estão desanimados com o plantio, não só pela condição climática desfavorável como também pela descapitalização ocorrida na última safra, o que tem restringido a concessão de crédito.
Além disso, produtores têm encontrado problemas com o fornecimento de sementes de alguns tipos de cultivares, o que pode dificultar o escalonamento do plantio.
Todos esses fatores poderão reduzir a área plantada entre 5% a 10% neste ano em relação a 2010, voltando aos patamares de cultivo de 2009.
Em relação aos custos de produção, agentes estimam que ficarão ligeiramente maiores nesta temporada devido, principalmente, ao crescente gasto com mão-de-obra.
Quanto à colheita, apesar das especulações quanto à antecipação do início das atividades, a previsão é de que elas comecem no período usual: final de julho.
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