As dívidas do maior e mais importante hospital de Mato Grosso do Sul somam R$ 72 milhões e não há perspectiva de pagamento. No valor estão incluídos débitos da Santa Casa de Campo Grande com bancos e fornecedores, entre outros.
“Herdamos uma dívida impagável”, explicou o diretor financeiro da junta interventora, Edson da Mata. Foram R$ 57 milhões da administração anterior. Nesta terça-feira, a administração da Santa Casa fez uma prestação de contas ao prefeito e à imprensa.
A junta interventora pagou R$ 22,4 milhões, mas os juros empurraram a dívida para cima. E o cenário ainda é ruim. “Só de ações trabalhistas temos R$ 81 milhões tramitando na Justiça”, diz Edson.
De acordo com o prefeito Nelson Trad Filho, vários fatores conspiram contra a Santa Casa: a “epidemia” de traumas, o envelhecimento da população e até a agilidade do Samu (Serviço de Atendimento de Urgência). Antes, muitas pessoas morriam antes da chegada do socorro, o que diminuiu, segundo o prefeito, graças ao serviço.
Apesar das dívidas ter aumentado, Nelsinho, que é médico, diz que tem a convicção “que está sendo feito o melhor”.
Obras - O diretor-administrativo Jorge Martins apresentou em sua prestação de contas a realização das reformas do Pronto Socorro, do espaço físico da Nutrição Enteral, do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do 1º andar, com seis leitos; do CTI 7, com 15 leitos; do CTI 1, 3 e 4, com 18 leitos; da creche; e de oito salas do centro cirúrgico, além da revitalização e equipamento da recepção principal do hospital.
Estão em execução, as reformas do CTI 2, da farmácia do Centro Cirúrgico, do Espaço Físico do Banco de Sangue (subsolo 1) e do espaço físico para mudança do ambulatório, além da pintura geral externa, a aquisição de materiais e equipamentos nas instalações do serviço de nutrição parenteral e a construção do Hospital do Trauma, com 120 leitos.
Dessas obras, cinco deverão ser concluídas ainda neste ano. Ficam para 2011 apenas a pintura geral externa (31 de janeiro) e o Hospital do Trauma (31 de dezembro, também do ano que vem).
Além desses projetos, a Santa Casa diz que irá iniciar em novembro a reforma do Prontomed, licitou a reforma dos 15 leitos da unidade coronariana e anunciou para este ano a troca do PABX, após 30 anos de uso, por um sistema mais moderno, com 400 ramais, doado pela operadora de telefonia Oi.
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