A viagem é longa. Um grupo saiu de madrugada de Remigio, na Paraíba. São 12 horas de viagem. Mas a vontade de chegar logo a Juazeiro do Norte tem outro motivo. “Para ver meu padrinho” – revelou o viajante.
Os últimos três quilômetros são percorridos a pé. Na rua do Horto, que leva ao santuário de padre Cícero, os romeiros acendem velas em cada uma das 12 estações que representam a Via Sacra. Para eles, a caminhada ladeira acima não é sacrifício.
“É devoção. A gente tem de pagar e cumprir” – falou a romeira Maria Creuza Rolim.
Mesmo depois de 20 viagens para o lugar, a agricultora Rosália Santos ainda se emociona. “Eu me sinto tão feliz. Para mim, estou no céu” – disse.
Hoje é um dia especial para os romeiros. Padre Cícero morreu no dia 20 de julho de 1934. Os 70 anos de morte são lembrados com homenagens. Flores, fitas, roupas são deixadas na estátua. Cada devoto cria seu próprio ritual.
A romeira Tereza Silva dá três voltas ao redor da bengala de padre Cícero. “É a penitência que o padre Cícero deixou. É passar três vezes e pegar a graça que quiser, que a gente alcança” – explicou.
Antes de voltar para casa, a homenagem é uma missa. É preciso se despedir do padre Cícero.
Jornal Hoje
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