A greve de fome contra o presidente da Bolívia, Evo Morales, iniciada há doze dias, já reúne cerca de 200 pessoas que reivindicam o respeito da legalidade vigente na aprovação da nova Constituição, informou nesta segunda-feira o partido UN (União Nacional). O protesto, impulsionado no último dia 15 por sete constituintes da assembléia do UN, conseguiu adeptos até se transformar em um "movimento cidadão", afirmou o grevista e líder do partido, Samuel Doria Medina.
Tanto o UN como o restante dos partidos de oposição rejeitam que a maioria governista na Assembléia Constituinte aprove os artigos da nova Carta Magna pela metade mais um dos votos, em vez dos dois terços necessários pela normativa vigente e a lei de convocação do fórum avalizada pelo próprio Morales. A decisão de Morales e de seu partido, o MAS (Movimento ao Socialismo), também fez com que todos os legisladores da oposição se retirassem do Congresso, suspendendo assim as sessões da casa.
No entanto, o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, declarou hoje à estatal ABI (Agência Boliviana de Informação) que as medidas de pressão da oposição "são dirigidas ao fracasso da Assembléia Constituinte". "Em geral, a cultura política da direita foi a conspiração, portanto não é de estranhar que esta cultura esteja sendo usada agora", afirmou.
Por seu lado, Doria Medina assegurou que a oposição espera "com paciência" a chegada da próxima semana para "salvar a Assembléia". O direitista se mostrou esperançoso sobre a nova reunião que o vice-presidente, Álvaro García Linera, terá com representantes da oposição na tentativa de sanar o conflito.
Mídia Max
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