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Brasil

Governo lança campanha e prevê gastar R$ 10 milhões com entrega de armas

6 Mai 2011 - 14h27Por R7

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, lançou  na manhã desta sexta-feira (6) campanha nacional do desarmamento, no Rio de Janeiro, que prevê gastar até R$ 10 milhões pela entrega das armas. A indenização varia de R$ 100 a R$ 300. Com o orçamento do ministério seria possível pagar por 100 mil armas, considerando o valor mais baixo.

 

Acho que é a primeira vez que um ministro diz isso, mas eu gostaria que faltasse dinheiro para a campanha. Isso porque, se faltasse, seria um sinal de que o número de armas a ser entregue superou as expectativas. Se isso acontecer, vamos dar um jeito, realocar recursos.

Na campanha que ocorreu entre 2004 e 2005, foram arrecadadas cerca de 500 mil armas. Cardozo reiterou o compromisso com a redução da violência, que, segundo ele, registrou redução de 18% naquele momento.

- Não estipulamos metas, mas queremos tirar das ruas o maior número de armas possível, armas que tiram vidas. Quando se diminui o número de armas em circulação, a violência diminui. Essa campanha tem também um componente pedagógico, que é debater a cultura da violência. Até em jogos de video game, a criança apreende que ganha quem mata mais. Isso tem que acabar. É uma questão polêmica? É sim, mas eu gosto de polêmicas, porque elas geram o debate. 

O coordenador da campanha, Antônio Rangel, da ONG Viva Rio, disse que não vai faltar dinheiro, porque a campanha pode ser prorrogada.

- Em 2004, a campanha durou um ano e oito meses. Ela foi prorrogada porque as pessoas aderiram. Se isso acontecer desta vez, podemos prorrogar também. Vai depender da quantidade de armas arrecadadas.

De acordo com Rangel, apenas uma central de abastecimento de alimentos do Rio vai entregar 77 armas, entre elas carabinas e escopetas calibre 12, que pertenciam à equipe de segurança privada do local, já desativada.

Realengo

Hoje, durante o lançamento, estiveram presentes familiares de vítimas do massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (RJ). Originalmente, a nova campanha começaria em junho, mas foi antecipada após a tragédia. No dia 7 de abril, um atirador invadiu a escola e abriu fogo contra os alunos, matando 12 pessoas e ferindo outras 12.

Para o ministro da Justiça, a iniciativa não é oportunista.

- Algumas pessoas disseram isso, mas a campanha não é minha. É dos governos estaduais, das prefeituras, das polícias, da sociedade. Além disso, estmos apenas cumprindo a lei. A campanha não é do ministro, é uma política de Estado com leis aprovadas pelo Congresso Nacional. Nós queremos é menos violência e mais paz no Brasil. Vamos desarmar o Brasil! 

Depois do lançamento, Cardozo seguiu para Volta Redonda, onde mais de mil armas já recolhidas pelo Exército serão destruídas em um forno da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). O aço obtido com o derretimento das armas será usado em suportes para janelas nas escolas públicas.

Novidades

A campanha deste ano terá algumas novidades em relação às versões anteriores. Uma delas é o anonimato. Agora, quem decidir abrir mão de suas armas e procurar um dos postos de recolhimento não precisará fornecer dados pessoais. 

Os itens recolhidos serão, além disso, inutilizados imediatamente. O objetivo é evitar que as armas voltem a circular. A destruição total ocorrerá depois, em fornos de altas temperaturas.

De início, os postos de recolhimento serão montados em delegacias da Polícia Federal. Aos poucos, também serão habilitadas sedes de ONGs ligadas à área de segurança pública, delegacias da Polícia Civil, quartéis da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Uma das preocupações do ministro é em relação ao transporte e armazenamento das armas arrecadas durante as campanhas.

- Por esse motivo, a inutilização das armas será feita de imediato, na frente das pessoas. Vamos cadastrar postos, como igrejas, por exemplo, mas é preciso ter segurança e pessoas capacitadas para receber e inutilizar as armas. Do contrário, seria um risco armazenar e transportas essas armas. Esses postos, no entanto, são importantes porque vão dar capilaridade à campanha. 

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