O ministro das Comunicações, Hélio Costa, anunciou ontem um 'acordo de cavalheiros' com as concessionárias de telefonia fixa para oferta de um plano alternativo de acesso à internet, por discagem, a partir do final de julho. O plano custará aos usuários R$ 7,50 por mês, já incluídos impostos, dando direito a 600 minutos de acesso no período de 30 dias.
O novo serviço começará a ser oferecido junto com a cobrança do serviço de telefonia fixa por minutos e não mais em pulsos. O plano básico de telefonia, que custa cerca de R$ 40,00, dará direito a utilização de 200 minutos em ligações. "As empresas ainda terão que submeter o novo serviço ao crivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas já há entendimentos para assegurarmos que ele será aprovado", afirmou o ministro.
Antes do anúncio, o ministro se reuniu com representantes das concessionárias de telefonia (Oi, Brasil Telecom, Telefônica, CTBC e Sercomtel) e da Abrafix (Associação Brasileira das Concessionárias de Telefonia Fixa) para fechar detalhes do novo serviço. A expectativa do governo e das empresas é que o plano beneficie cinco milhões de usuários de computadores que têm acesso discado à rede ou não acessam a internet . Outros cinco milhões de computadores no País já acessam a rede por meio de conexões banda larga.
Segundo Costa, o valor de R$ 7,50 representa um desconto de 80% no valor cobrado no acesso discado em horário comercial. O acordo fechado ontem prevê a manutenção dos descontos existentes nos horários chamados 'modulados' que são, por exemplo, entre meia-noite e 6 horas da manhã e aos domingos. 'O acesso pelo plano mais barato deve ser mais intenso nos horários comerciais', comentou Costa.
Para as concessionárias, o plano significa um investimento a longo prazo. Segundo o presidente da Abrafix, João Pauletti, as pessoas que aderirem a esse plano agora poderão, no futuro, contratar outros serviços cujos valores são mais altos, como o acesso por meio de banda larga.
Agência Estado
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