O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse hoje (28) que o governo da presidenta Dilma Rousseff será mais de esquerda do que foi o de Lula.
De acordo com o dirigente, a coalizão que apoia Dilma tem maior participação de setores populares, o que torna o momento mais favorável para os movimentos sociais alcançarem suas reivindicações.
“Durante o governo Lula, a correlação de forças para os movimentos era muito pior. No primeiro mandato quase derrubaram ele. No segundo, avançou um pouquinho mais, mas também foi muito difícil. O que estou dizendo é que a correlação de forças e o ambiente político na sociedade é mais favorável a termos mudanças agora do que na época do Lula”, afirmou, em palestra na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco.
Stédile citou a Força Sindical e a Igreja Universal do Reino de Deus como exemplos de movimentos que não apoiavam o governo de Lula e passaram a fazê-lo com Dilma. "Acho que essas forças populares agora no governo Dilma mais amplas. Apesar de ser um governo de composição, poderá dar um respaldo para ela fazer as mudanças estruturais que precisam ser feitas, se ela quiser cumprir o programa de superar a pobreza”.
Apesar de prever um governo federal mais à esquerda, o dirigente do MST reconheceu que o movimento sem terra tem se desmobilizado nos últimos anos.
"Quando as famílias percebem que não há força política no governo para fazer a reforma agrária, as expropriações são lentas, eles recuam. Por que eu vou acampar se o meu primo já está lá a quatro anos? Mas isso não significa que não haja uma base social latente que pode se mobilizar a qualquer momento”.
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