Além de ter uma verba limitada para obras, o governo federal não tem conseguido gastar nem o dinheiro que já tem garantido no orçamento.
Quanto mais eleva o volume de investimentos para os setores de infraestrutura, mais dinheiro sobra nos caixas dos ministérios sem chegar ao destino.
Apenas nos últimos cinco anos, a administração Lula deixou de investir R$ 20 bilhões previstos no orçamento para expandir e modernizar a infraestrutura brasileira, segundo levantamento feito com dados do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), do Tesouro Nacional.
Entre 2004 e 2008, o governo autorizou uma dotação de R$ 72 bilhões aos ministérios de Minas e Energia, Transportes, Comunicações, Integração Nacional e Cidades.
Desse valor, R$ 52 bilhões foram empenhados (compromisso de pagamento assumido pelo governo) no período.
Ou seja, a diferença de R$ 20 bilhões ficou nos cofres do Tesouro para compor o Orçamento da União, podendo ser destinado a outras atividades.
Segundo especialistas em gestão pública, vários fatores explicam o problema. Um deles é a baixa qualidade dos projetos, o que dificulta a aprovação e a realização das obras.
Os empreendimentos enfrentam ainda questões burocráticas, dificuldade em aprovar licenças ambientais e questionamentos de órgãos como o TCU (Tribunal de Contas da União) e o Ministério Público.
Diante desse cenário, boa parte dos valores empenhados nem sequer é desembolsada no exercício do orçamento. Ao contrário: alguns podem demorar anos para serem totalmente executados. Isso, sem contar que podem ser cancelados.
Entre 2004 e 2008, esses casos somaram R$ 1,4 bilhão
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar