Goiás é o Estado responsável pelo maior número de casos de pedofilia virtual do País: 22%. O índice é fruto de um estudo da Polícia Federal (PF) divulgado nesta quarta-feira. Em sete anos de investigações, 101 inquéritos foram instaurados pela PF goiana. O anonimato e falta de legislação específica são apontados como principal motivador deste tipo de crime. O estudo ainda aponta que denúncias são as principais armas no combate a este tipo de crime.
Em todo país, entre 2000 e 2007, foram abertos 461 inquéritos para apurar denúncias de pedofilia na internet. Destes, 14% eram investigados pela PF do Rio de Janeiro, 11% em São Paulo e os outros 53% distribuídos entre os Estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Sergipe, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Amapá e Alagoas, onde há menor incidências dos casos (chegando, no máximo, a 9% em cada um).
Um departamento especializado em crimes virtuais foi criado na PF em Goiás. Segundo o delegado Luciano Ferreira Dornelas, a punição dos culpados também esbarra na falta de legislação sobre crimes virtuais, como acontece em caso de sites alimentados por exploradores em Goiás, que são hospedados no exterior. Nestes casos, é solicitado ao provedor o número de protocolo de internet (IP), que guarda informações do computador e do proprietário responsável pelo crime.
No ano passado, conforme o delegado, o Departamento de Polícia Federal realizou sete grandes operações para coibir casos de abusos sexuais em todo o País. Essas ações, segundo ele, resultaram na prisão de 65 acusados. Muitas delas foram feitas com o apoio de polícias de outros países.
Para combater esta prática, a PF conta com o auxílio do Ministério Público e de Organizações Não Governamentais especializadas na defesa do direito de crianças e adolescentes. O delegado explicou ainda que após as denúncias e a identificação dos criminosos os suspeitos são enquadrados em outros crimes em que há legislação para que a punição ocorra.
A PF e a Interpol estão em busca de foragidos, como o goiano Carlos Alberto Guerreiro do Valle, 53 anos, considerado um dos principais produtores de pornografia infantil para internet. Ele está foragido há 6 anos. Em fevereiro, um autônomo de 33 anos foi detido em Goiânia acusado do mesmo crime foi detido pela polícia civil. Em sua casa foram encontrados CDs e arquivos em seu computador com imagens de crianças e jovens entre 3 e 14 anos.
Terra
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