Embora ainda aguarde uma posição definitiva do vice-governador Murilo Zauith (DEM), o governador André Puccinelli (PMDB) já tem na manga de seu paletó o plano B para compor sua chapa ao Senado.
Para concorrer ao cargo, Murilo passou a exigir um suplente que tenha a “cara” de André Puccinelli, por causa da suspeita de que a orientação no PMDB é apoiar o deputado federal Waldemir Moka (PMDB) e o senador Delcídio do Amaral (PT), que já estão em campanha por uma das vagas do Senado.
A preferência do governador para ocupar a eventual vacância deixada pelo democrata é o deputado federal Geraldo Resende (PMDB), que iria para o sacrifício com a garantia de ser secretário de Estado em caso de não conseguir se eleger senador, conforme apurou o site Conjuntura Online.
Desta forma, André Puccinelli tentaria a reeleição com chapa puro-sangue do PMDB, uma vez que nesta quarta-feira ele anuncia o nome da prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet (PMDB), como vice em sua chapa.
Questionado sobre o convite, Geraldo Resende disse desconhecer a mudança na chapa e voltou a defender o nome de Murilo para postular o cargo.
“Não quero fazer conjectura acerca da mudança da chapa. Quero fazer campanha para dois candidatos ao Senado da mesma chapa, dar a minha humilde contribuição para eleger um representante de Dourados”, desconversou sobre possível convite feito pelo governador.
Questionado mais uma vez se aceitaria trocar a Câmara dos Deputados pelo Senado, Resende se esquivou: “Espero que a gente possa preencher a chapa e ter um candidato viável, até porque há um pleito antigo. Acho que a bola da vez está com o Murilo, que há dois anos trabalha nesse sentido”, declarou.
Cauteloso, o deputado garantiu que seu compromisso é com a reeleição, “para continuar trabalhando na Câmara não só por Dourados, mas por vários municípios de Mato Grosso do Sul”.
Resende, que também está sendo lembrado para disputar à sucessão do prefeito de Dourados, Ari Artuzi (PDT), conforme planeja o governador, também discorda que haja uma movimentação dentro do PMDB a fim de eleger Moka numa campanha casada com a de Delcídio.
Segundo ele, ninguém vence eleições antes do tempo, sobretudo, é impossível prevê resultados sem que a campanha esteja definitivamente nas ruas.
“Acho que campanha muda a cada tempo (...), o time tem que entrar em campo para jogar, ninguém ganha eleição por WO”, frisou, ao descartar a suposta manobra de infidelidade dentro do PMDB, lembrando ainda o êxito do saudoso senador Ramez Tebet em campanhas anteriores, quando pesquisas de intenções de voto da época o apontavam em quarto lugar.
Ele lembrou que os representantes de Dourados que já disputaram o Senado, como o advogado João Derli (PDT) e o ex-vice-governador Egon Krakhecke (PT), tiveram expressivas votações.
O deputado justifica sua preferência pelo nome do democrata por entender que há uma forte expectativa por parte da população do município. “Há um sentimento, um anseio da população não só de Dourados, mas de toda a região. O processo amadureceu e acredito que vamos encontrar uma solução”, emendou.
O deputado acredita que o quadro político começa a ficar definido no início de abril, quando os partidos já terão as chapas de candidatos aos cargos majoritários e proporcionais fechadas.
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