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Brasil

Geraldo estranha ataques de Biffi e Grandão

17 Set 2004 - 14h56
O deputado federal Geraldo Resende (PPS) disse ter estranhado a “virulência” dos ataques que sofreu dos deputados federais Antonio Carlos Biffi e João Grandão (ambos do PT) em função das críticas ao corte de recursos para a área de saúde e sobre a falta de articulação do governador José Orcírio (PT) com a bancada de Mato Grosso do Sul.

Geraldo Resende foi criticado pelos dois deputados petistas e acusado, por Grandão, de estar sofrendo “crise de identidade”. Biffi, por sua vez, disse que Resende “jogar contra os interesses do Estado” ao fazer críticas ao governador. O parlamentar salienta que continuará fazendo as cobranças que julgar necessárias “doa a quem doer” e que não precisa pedir autorização dos parlamentares do PT para exercer seu mandato. “Quem me outorgou esse direito foi o eleitorado”, salienta.

O deputado do PPS explicou que as críticas com relação aos cortes da saúde e à articulação da bancada foram feitas em resposta a questionamento feito pelo jornal “Correio do Estado”, em matéria publicada na quarta-feira (15). “As observações que fiz são comuns na bancada de MS, inclusive da parte de deputados do PT”, salienta.

De acordo com Geraldo Resende os deputados petistas estão se comportando como “marionetes” do governo estadual, “onde os interesses de preservação de seus projetos pessoais é mais importante que os interesses da população”.

O deputado do PPS, no entanto, questionou o fato das críticas somente terem sido feitas a ele, uma vez que os senadores Ramez Tebet (PMDB), e Juvêncio da Fonseca (PDT), entre outros parlamentares, também criticaram a falta de articulação do governador José Orcírio com a bancada.

Respondendo diretamente ao deputado Biffi, Geraldo Resende disse que o seu colega petista “deve estar se achando” por estar no cargo de coordenador da bancada “pró-tempore”, uma vez que o mandato terminou em março, mas até o momento não houve interesse em se marcar reunião para escolha do novo nome.

“Reafirmo o que disse, porque em um ano e oito meses o governador nunca se reuniu com a bancada, e somente mandou assessores para representá-lo na época da discussão de emendas”, diz o deputado. Esse posicionamento, afirma Resende, é muito diferente dos governadores Geraldo Alckmin (São Paulo), Roberto Requião (Paraná), Aécio Neves (Minas Gerais), entre outros, que mesmo tendo divergências com parte de suas bancadas, “articulam-se com as mesmas, constroem unidade e colocam os interesses de seus Estados acima das divergências partidárias”.

Ainda sobre as afirmações de Biffi, Geraldo Resende lembra que foi secretário de Saúde durante o primeiro mandato do atual governador, e que se sente honrado por essa passagem em sua biografia. “É só perguntar a qualquer pessoa envolvida com saúde pública, desde servidores, secretários de saúde e prefeitos, qual foi a melhor época do SUS em Mato Grosso do Sul, que se materializou na ampliação de programas de promoção da saúde, como o PSF; na reforma, construção e ampliação de vários hospitais e postos de saúde; entrega de veículos e equipamentos para todos os municípios; e valorização dos servidores, o que refletiu na melhoria de vários indicadores de saúde do Estado”.

O parlamentar do PPS voltou a criticar o corte de 20% das emendas individuais destinadas à área de saúde que retiram R$ 3,7 milhões de Mato Grosso do Sul e disse que esse fato, somado ao desvio de R$ 100 milhões que o governo do Estado retirou da saúde com a chamada Lei do Rateio, de 2002 até julho de 2004, não aplicando a Emenda Constitucional 29, “trouxe um retrocesso jamais visto à saúde no Estado, que se materializa com a crise da Santa Casa, Hospital Universitário e a falta de ativação completa do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande”.

João Grandão

Em relação aos ataques que sofreu do deputado João Grandão, Geraldo Resende disse que “quem está sofrendo crise de identidade é o deputado João Grandão, que teve que abrir mão de suas antigas teses e hoje defende o governo intransigentemente, em troca de emendas para garantir seu projeto político, em especial na região da Grande Dourados”.

“Prefiro minha confusão mental a ser hoje co-responsável pelos desmandos, por omissão ou outro interesse, em relação aos diversos escândalos que ocorreram em MS, como a denúncia de desvio de recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e do BNDES, os casos Petrobrás, Porto Murtinho e Festival da América do Sul”, salienta Resende.

O parlamentar foi mais longe e disse que João Grandão deve estar “confuso” por ter que abandonar suas antigas teses de membro da tendência Democracia Socialista, do PT, e que tinha a senadora Heloísa Helena como uma de suas mentoras. “O deputado petista deve estar em crise e precisa procurar, com urgência, um divã para se responder: quem sou eu?”, ressalta.

Geraldo Resende afirma que “quem está causando sérios prejuízos a Mato Grosso do Sul e ao país é o deputado João Grandão, que votou contra o salário mínimo maior (votou pelos R$ 260, vez de R$ 275); que votou pela cobrança da taxa de iluminação pública, que antes condenava; e que votou contra os aposentados de todo o Brasil”.

Para Resende, quem demonstra desconhecimento é João Grandão, que demonstrou “não saber” que quem sofreu contingenciamento de 20% foi somente a área de saúde. O deputado do PPS foi mais longe e disse que como membro da Comissão Mista de Orçamento e como deputado, Grandão poderia ter lutado para impedir esse corte, mas não o fez.

Ao contrário do petista, Geraldo Resende apresentou, em agosto, as emendas de número 00098, 00099 e 00013, aos projetos de lei PL 045/2004-CN e PL 041/2004-CN, com o objetivo de garantir investimentos da ordem de R$ 18 milhões para diversas ações da área de saúde em Mato Grosso do Sul. “Infelizmente, não vi os deputados Biffi e João Grandão apresentarem uma emenda sequer”, salienta Resende, lembrando que o projeto de lei do governo federal ainda deverá ser votado, e que portanto, os cortes ainda podem ser revertidos, embora não haja mais tempo para apresentação de emendas.
 
 
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