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Brasil

Gasquímico trará mudança histórica para Mato Grosso do Sul

13 Jul 2004 - 08h42
“Com a implantação do pólo gasquímico, em Corumbá, vai acontecer uma mudança histórica em Mato Grosso do Sul.” Essa foi a afirmação do diretor-presidente da Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGÁS), Maurício Arruda, que também é membro da Comissão Especial Binacional para a Implantação do Pólo Gásquímico Brasil-Bolívia, um grupo de trabalho que tem como objetivo fazer análise detalhada do que será necessário para a que o pólo seja instalado.

O pólo gasquímico é constituído basicamente de três indústrias: uma separadora de gás, com qual se pode extrair o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), o gás de cozinha; uma transformadora, que é responsável pela transformação do etano em eteno, que é a matéria-prima para a terceira indústria e a fábrica de polietileno, que é a base para o plástico.

Arruda detalha que, entre outras funções, a Comissão Especial tem outros objetivos como auxiliar na composição dos empreendimentos a serem realizados, fazer um levantamento de impacto ambiental respeitando as legislações tanto da Bolívia quanto do Brasil, que tem suas especificidades por ser uma região de fronteira, avaliar o regime tributário nos dois paises, dos estados e municípios e identificar os investidores em potencial.

“Outro ponto que não pode ser esquecido é a questão da logística de transporte, tanto rodoviário e ferroviário quanto hidroviário e dutoviário, isso é algo vital para a viabilização do pólo. O empenho do governador Zeca do PT junto ao governo federal em revitalizar a ferrovia Novoeste, trecho entre Bauru e Corumbá, é algo que tem de ser citado, pois, com um só sistema de logística, este projeto não seria possível” disse.

Zeca, por sua vez, lembra da preocupação que tem quanto aos portos de Corumbá e Ladário, que necessitam de investimentos. Ele disse ainda que já há no Orçamento da União R$ 30 milhões para serem investidos nos portos.

Outro assunto em destaque na Comissão é quanto à quantidade de etano no gás importado, pois, para se manter o pólo, é necessário que haja uma constância no nível deste composto químico, o que não é garantido, porque os poços de gás apresentam níveis diferentes de etano. Para solucionar o problema, Arruda explica que a Petrobras, principal empresa do consórcio, pode injetar mais etano, diretamente na tubulação, que viria de uma de suas unidades de extração que fica no Norte da Argentina.


Impactos sociais - É esperada uma grande quantidade de mão-de-obra para a construção do pólo gasquímico, que não seria necessariamente local. “Temos de pensar como estas famílias ficarão depois da conclusão do pólo, pois muitos acabam por se fixar na região e, sem trabalho, pode se constituir em um problema social.

A Petrobras tem muita experiência neste tipo de situação e, para evitarmos que as pessoas fiquem a mercê da sorte está sendo feito um estudo dos impactos sociais”, afirmou Maurício Arruda, lembrando que conta com o apoio de instituições para qualificar a mão-de-obra.


Energia - Arruda disse ainda que o pólo gasquímico e o mínero-siderúrgico só estão se viabilizando por que empresas como a MPX estão investindo na construção de termolétricas. “A Termopantanal terá sua licença ambiental para começar a construção da termelétrica em dezembro deste ano. Em janeiro de 2005 começam as obras da usina que produzirá 88 MW (Megawatts)/dia. Do lado boliviano também terá uma termelétrica com a mesma capacidade, assegurando assim energia elétrica para os dois projetos”, finalizou.
 
Agência Popular

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