Menu
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
sexta, 16 de maio de 2025
FARMÁCIA_CENTROFARMA_FULL
Busca
Busca
Brasil

Gás deixou Brasil refém de ameaças da Bolívia

23 Abr 2007 - 09h27
A redução das exportações bolivianas de gás natural iniciada nesta sexta-feira, 20, é, na opinião de analistas do setor, mais um exemplo de como o mercado brasileiro se tornou refém dos percalços enfrentados pelo presidente Evo Morales nesses primeiros anos de governo.

Desde o início do processo de nacionalização do setor de petróleo e gás no país vizinho, já houve outras ameaças de corte no fornecimento devido a protestos localizados, além de reviravoltas nas negociações com as petroleiras motivados por disputas políticas internas.

Há três anos vivendo em Santa Cruz de la Sierra, um executivo de multinacional com operações no país vizinho aposta que o Brasil ainda terá outros sustos em suas relações com a Bolívia. "O país é muito instável e nunca se sabe até onde as pessoas estão dispostas a ir", diz ele, referindo-se à invasão por manifestantes de uma base de escoamento de óleo no sul do país, provocando a redução nas exportações de gás.

Ele lembra que é comum que manifestantes ameaçem com medidas mais radicais para que sejam atendidos pelo governo. "Quando você é dependente de um país em crise política, está sujeito a problemas o tempo todo", afirma o analista Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE).

No mês passado, os parlamentares de oposição suspenderam o processo de aprovação dos novos contratos de concessão, causando prejuízos à Petrobras, que tem que pagar, junto com suas parceiras nos campos de San Alberto e San Antonio, US$ 30 milhões em impostos por mês enquanto o novo modelo não entrar em operação. Depois disso, a conta cai para US$ 4 milhões.

No fim do ano passado, a Petrobras teve que parar a operação no campo petrolífero de Caranda, em Santa Cruz de la Sierra, após a invasão de cerca de 200 manifestantes. Antes, em meados do ano, as exportações de gás boliviano para o Brasil também foram interrompidas, mas por causa das chuvas que danificaram dutos no sul do País. Na ocasião, o governo começou a desenhar o plano de contingenciamento do mercado de gás natural, que pode ser aplicado agora.

Instabilidade – Para o analista Marco Aurélio Tavares, da Gás Energy, não há outra saída no curto prazo para o Brasil senão conviver com a instabilidade da Bolívia. "Isso só vai mudar a partir do momento que o Brasil viabilizar a importação do Gás Natural Liquefeito (GNL) e aumentar a sua produção interna. Antes disso, é preciso saber administrar essas crises", avaliou.

O analista lembrou ainda que a atual crise da Bolívia acontece em um momento em que o Brasil está um pouco mais fortalecido, por não estar dependendo das usinas térmicas. "Hoje as usinas que geram energia, fazem isso apenas para garantir a sustentabilidade do sistema, mas se uma interrupção do fornecimento se desse numa época de seca, o Brasil seria pego de calças curtas", disse.

AE

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

CAIXA - FOTO:  Rafa Neddermeyer/Agência Brasil CONTESTAR DESCONTOS INDEVIDOS
Saiba como contestar descontos não autorizados do INSS
Maristela Cantadori, Comunicação Fundect *com informações do IFMS
Projeto de MS apoiado pela Fundect representa o Brasil em evento nos Estados Unidos
Deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados JOGOS ONLINE
Congresso mira novas limitações às bets; plataforma de cassino que paga no cadastro já é proibida
Tempo
Feriado e final de semana tem previsão de tempo firme com temperaturas amenas no Estado
INSS - IMAGEM:  Rafa Neddermeyer/Agência Brasil CONCURSO INSS 2025
Concurso do INSS oferece mil vagas e salário inicial que pode chegar até R$ 9 mil

Mais Lidas

Manobras de reanimação foram feitas (Foto: Madu Livramento, Midiamax)TRAGÉDIA NAS ESTRADAS
TRAGÉDIA: Motociclista é arremessado após bater em carro e morre atropelado por caminhão
Medicamento Lipoless, vendido no Paraguai (Foto: Divulgação/Eticos)É PERMITIDO?
Mounjaro do Paraguai custa metade do preço e já está em falta em MS
FOTO: ELIAS FERREIRA / LUPA NEWSVICENTINA - CONSIGNADOS QUITADO
VICENTINA: Prefeitura quita consignados de dezembro 2024 para evitar inadimplência do funcionalismo
PROCESSO SELETIVOPROCESSO SELETIVO
Prefeitura abre Processo Seletivo com salários de até R$ 4,6 mil, veja como fazer a inscrição
FÁTIMA DO SUL - DESTAQUE
Escola Estadual Vicente Pallotti é destaque nas premiações de melhores trabalhos e desempenho