O frio inesperado leva muita gente a cruzar a fronteira para comprar agasalhos na Bolívia. Atraídos pelos preços baixos, brasileiros viajam quilômetros até o comércio popular das cidades vizinhas a Corumbá.
O outono com baixas temperaturas aquece as vendas no centro comercial Boliviano de Porto Quijaro, perto da linha de fronteia. O que mais atrai os visitantes são as roupas.
“O frio está muito bravo, e esse ano parece que começou até mais cedo do que o ano passado, então a gente tem que se prevenir do frio, assim como família e amigos”, diz a educadora Zilda de Fátima.
Casacos de todos os tipos ficam a mostra nos corredores que parecem não ter fim. Os de couro são alguns dos mais procurados e custam em média R$ 90. O poncho, característico da fronteira, custa R$ 25 e também é bastante vendido.
A comerciante Reina Piuca comemora a queda na temperatura “estão mais levando roupas de frio, jaquetas de couro e calças”.
Mas nem todos estão satisfeitos. Dezenas de turistas vem à Bolívia todos os dias atraídos pelos baixos preços dos produtos. Mas representantes do centro comercial estão preocupados. É que em outras épocas o movimento foi bem maior.
A representante do centro comercial, Paola Veizoza, explica que nas últimas semanas o movimento de turistas aumentou 5%. Pouco, segundo ela. “As pessoas tem medo de levar muita mercadoria por causa da cota”, conclui a comerciante. “A gente não está vendendo como deveria vender”.
A cota para quem compra em países que fazem fronteira com o Brasil é de US$ 300, cerca de R$ 600. A dona-de-casa Noêmia Costa Silva garante que nem com frio intenso corre o risco de extrapolar o limite. “Porque o dinheiro da gente é curto mesmo, não tem como extrapolar”.
TV Morena
Conecte-se conosco via WhatsApp!
Acesse o link abaixo e faça parte do nosso grupo VIP no WhatsApp para não perder nenhuma novidade.
Acessar Grupo VIP