O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou hoje para cima suas previsões de crescimento para o Brasil, que deve crescer este ano 4,4%, um aumento de quatro décimos em relação aos cálculos divulgados em setembro, e 4,2% em 2008.
No relatório "World Economic Outlook" ("Perspectivas Econômicas Mundiais"), a instituição indica que o Brasil e o Chile serão os dois únicos países latino-americanos cuja economia crescerá mais que no ano anterior.
Ainda assim, o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro não alcançará a média da região, que será de 4,9% em 2007. Já no ano seguinte, o Brasil crescerá o mesmo que a média latino-americana, ou seja, 4,2%.
Segundo o FMI, os dados econômicos recentes indicam que a atividade econômica já vivencia um crescimento no Brasil. O organismo acredita que, com a inflação sendo "contida", o Banco Central tem "espaço" para dar continuidade às baixas das taxas de juros, iniciadas há 18 meses.
De acordo com a instituição, a inflação cairá dos 4,2% registrados no ano passado para 3,5% este ano e ficará em 4,1% em 2008.
O relaxamento monetário previsto e as medidas anunciadas pelo Governo para incentivar o investimento "devem estimular a demanda interna", afirmou o FMI.
Ao mesmo tempo, as contas externas do país continuarão sua lenta queda. O Brasil registrou um superávit em conta corrente equivalente a 1,6% do PIB em 2005 e a 1,3% no ano passado.
O organismo acredita ainda que o índice chegará a 0,8% este ano e a 0,3% em 2008. O relatório destaca também que a rigidez do orçamento e as necessidades de gasto público "constituem uma limitação para dedicar recursos às áreas prioritárias" no Brasil.
O FMI pede que o país faça reformas que flexibilizem o orçamento, de modo que se invista mais em programas sociais como o Bolsa Família.
Crescimento global
O mundo crescerá este ano e no seguinte 4,9%, segundo o FMI, que reduziu sua previsão para os Estados Unidos e constata um aumento do risco de uma queda nas bolsas.
"Apesar dos altos e baixos recentes dos mercados financeiros, a economia mundial caminha para registrar outro bom ano em 2007", explicou Simon Johnson, economista-chefe do FMI.
Em outras circunstâncias, os calafrios na maior economia do mundo estenderiam um halo de pessimismo às previsões de crescimento mundial, mas o FMI acredita que o resto do planeta continuará saudável.
"Os Estados Unidos podem ter espirrado, mas parece ser um espirro pequeno e até agora não é provável que o mundo se contagiará", afirmou Johnson.
Assim, as más notícias no setor de hipotecas americano não convenceram o organismo a reduzir os cálculos de PIB em nível mundial que tinha antecipado em setembro do ano passado.
O Fundo baixou em 0,7 ponto percentual sua previsão de crescimento para os EUA, que deixou em 2,2% este ano, e em 0,4 ponto percentual em 2008, para 2,8%.
Mas acredita que estas reduções serão compensadas por desempenhos melhores do que o previsto em outras regiões. A zona do euro crescerá 2,3% em 2007 e 2008, em ambos os casos 0,3 ponto percentual a mais que o calculado inicialmente.
O FMI também revisou para cima o crescimento do Japão para este ano, que chegará a 2,3%, enquanto será de 1,9% em 2008.
A China continuará com suas taxas estratosféricas, crescendo 10% este ano e 9,5% no seguinte, com a Índia em seus calcanhares, pois seu PIB vai aumentar 8,4% e 7,8%, respectivamente.
Ao mesmo tempo, os riscos para a economia mundial diminuíram nos últimos seis meses, segundo o Fundo.
No ano passado nesta mesma época a grande preocupação era o alto preço do petróleo e seu potencial para encarecer outros produtos que o usam como insumo.
No entanto, o perigo de inflação assusta agora menos depois da queda do preço do barril que vem acontecendo desde agosto de 2006.
Segundo o FMI, tem se reduzido o risco de que os desequilíbrios em conta corrente - manifestados por um déficit do setor externo de 6,5% do PIB nos EUA, e superávit na Ásia e nos países produtores de petróleo - tenham efeito global.
Por outro lado, cresceu "moderadamente" o perigo de uma queda das bolsas mundiais.
O organismo vê a queda nas bolsas mundiais no final de fevereiro e começo de março como "uma correção modesta após uma alta rápida das ações, e não uma mudança fundamental do sentimento no mercado".
Após anos de taxas de juros baixas e pouca volatilidade, os investidores assumiram cada vez mais riscos e o Fundo teme que se dêem conta de forma repentina dos perigos e revisem suas posições.
"Essa retirada poderia ter repercussões macroeconômicas sérias", alertou o Fundo em seu relatório.
A situação do mercado imobiliário americano é outro foco de problemas potenciais para a economia mundial, no julgamento do organismo.
O FMI vê "alguns sinais provisórios de estabilização", mas alerta que terá que esperar "vários" trimestres para ver a retomada de construção de imóveis.
Os estoques de casas não vendidas estão em seu maior nível em quinze anos e os preços caíram em algumas regiões.
No setor de hipotecas de risco "houve claramente um relaxamento excessivo dos padrões de crédito", disse o Fundo.
No entanto, a instituição dirigida pelo espanhol Rodrigo de Rato acredita que se continuar a alta do emprego e da renda, os problemas desse setor não contagiarão o resto da economia.
Os mercados emergentes também causam riscos, apesar dos Governos, em geral, terem reduzido a dívida e aumentado suas reservas em moeda estrangeira.
Segundo o FMI, estas melhoras podem não ser suficiente para justificar a alta nos preços das ações nessas praças e a redução das taxas de risco.
O relatório citou em particular como uma vulnerabilidade o nível da dívida na América Latina, que continua alta.
No relatório "World Economic Outlook" ("Perspectivas Econômicas Mundiais"), a instituição indica que o Brasil e o Chile serão os dois únicos países latino-americanos cuja economia crescerá mais que no ano anterior.
Ainda assim, o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro não alcançará a média da região, que será de 4,9% em 2007. Já no ano seguinte, o Brasil crescerá o mesmo que a média latino-americana, ou seja, 4,2%.
Segundo o FMI, os dados econômicos recentes indicam que a atividade econômica já vivencia um crescimento no Brasil. O organismo acredita que, com a inflação sendo "contida", o Banco Central tem "espaço" para dar continuidade às baixas das taxas de juros, iniciadas há 18 meses.
De acordo com a instituição, a inflação cairá dos 4,2% registrados no ano passado para 3,5% este ano e ficará em 4,1% em 2008.
O relaxamento monetário previsto e as medidas anunciadas pelo Governo para incentivar o investimento "devem estimular a demanda interna", afirmou o FMI.
Ao mesmo tempo, as contas externas do país continuarão sua lenta queda. O Brasil registrou um superávit em conta corrente equivalente a 1,6% do PIB em 2005 e a 1,3% no ano passado.
O organismo acredita ainda que o índice chegará a 0,8% este ano e a 0,3% em 2008. O relatório destaca também que a rigidez do orçamento e as necessidades de gasto público "constituem uma limitação para dedicar recursos às áreas prioritárias" no Brasil.
O FMI pede que o país faça reformas que flexibilizem o orçamento, de modo que se invista mais em programas sociais como o Bolsa Família.
Crescimento global
O mundo crescerá este ano e no seguinte 4,9%, segundo o FMI, que reduziu sua previsão para os Estados Unidos e constata um aumento do risco de uma queda nas bolsas.
"Apesar dos altos e baixos recentes dos mercados financeiros, a economia mundial caminha para registrar outro bom ano em 2007", explicou Simon Johnson, economista-chefe do FMI.
Em outras circunstâncias, os calafrios na maior economia do mundo estenderiam um halo de pessimismo às previsões de crescimento mundial, mas o FMI acredita que o resto do planeta continuará saudável.
"Os Estados Unidos podem ter espirrado, mas parece ser um espirro pequeno e até agora não é provável que o mundo se contagiará", afirmou Johnson.
Assim, as más notícias no setor de hipotecas americano não convenceram o organismo a reduzir os cálculos de PIB em nível mundial que tinha antecipado em setembro do ano passado.
O Fundo baixou em 0,7 ponto percentual sua previsão de crescimento para os EUA, que deixou em 2,2% este ano, e em 0,4 ponto percentual em 2008, para 2,8%.
Mas acredita que estas reduções serão compensadas por desempenhos melhores do que o previsto em outras regiões. A zona do euro crescerá 2,3% em 2007 e 2008, em ambos os casos 0,3 ponto percentual a mais que o calculado inicialmente.
O FMI também revisou para cima o crescimento do Japão para este ano, que chegará a 2,3%, enquanto será de 1,9% em 2008.
A China continuará com suas taxas estratosféricas, crescendo 10% este ano e 9,5% no seguinte, com a Índia em seus calcanhares, pois seu PIB vai aumentar 8,4% e 7,8%, respectivamente.
Ao mesmo tempo, os riscos para a economia mundial diminuíram nos últimos seis meses, segundo o Fundo.
No ano passado nesta mesma época a grande preocupação era o alto preço do petróleo e seu potencial para encarecer outros produtos que o usam como insumo.
No entanto, o perigo de inflação assusta agora menos depois da queda do preço do barril que vem acontecendo desde agosto de 2006.
Segundo o FMI, tem se reduzido o risco de que os desequilíbrios em conta corrente - manifestados por um déficit do setor externo de 6,5% do PIB nos EUA, e superávit na Ásia e nos países produtores de petróleo - tenham efeito global.
Por outro lado, cresceu "moderadamente" o perigo de uma queda das bolsas mundiais.
O organismo vê a queda nas bolsas mundiais no final de fevereiro e começo de março como "uma correção modesta após uma alta rápida das ações, e não uma mudança fundamental do sentimento no mercado".
Após anos de taxas de juros baixas e pouca volatilidade, os investidores assumiram cada vez mais riscos e o Fundo teme que se dêem conta de forma repentina dos perigos e revisem suas posições.
"Essa retirada poderia ter repercussões macroeconômicas sérias", alertou o Fundo em seu relatório.
A situação do mercado imobiliário americano é outro foco de problemas potenciais para a economia mundial, no julgamento do organismo.
O FMI vê "alguns sinais provisórios de estabilização", mas alerta que terá que esperar "vários" trimestres para ver a retomada de construção de imóveis.
Os estoques de casas não vendidas estão em seu maior nível em quinze anos e os preços caíram em algumas regiões.
No setor de hipotecas de risco "houve claramente um relaxamento excessivo dos padrões de crédito", disse o Fundo.
No entanto, a instituição dirigida pelo espanhol Rodrigo de Rato acredita que se continuar a alta do emprego e da renda, os problemas desse setor não contagiarão o resto da economia.
Os mercados emergentes também causam riscos, apesar dos Governos, em geral, terem reduzido a dívida e aumentado suas reservas em moeda estrangeira.
Segundo o FMI, estas melhoras podem não ser suficiente para justificar a alta nos preços das ações nessas praças e a redução das taxas de risco.
O relatório citou em particular como uma vulnerabilidade o nível da dívida na América Latina, que continua alta.
Folha Online
Conecte-se conosco via WhatsApp!
Acesse o link abaixo e faça parte do nosso grupo VIP no WhatsApp para não perder nenhuma novidade.
Acessar Grupo VIP