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Brasil

Flamango é líder em arrecadação no Brasileirão: mais de R$ 12 milhões

28 Nov 2009 - 08h07Por Globo Esporte

Futebol é um grande negócio e precisa gerar lucros para que um clube consiga manter sua receita ao longo do ano. Neste cenário, as rendas são parte fundamental para que não aconteçam atrasos salariais e estruturais. No Campeonato Brasileiro, o time que mais arrecadou até agora foi o Flamengo, que, em 18 partidas no Maracanã, recebeu R$ 12.524.609,00 graças à sua torcida, cerca de R$ 695.811,61 por partida.

Uma particularidade, no entanto, mostra que o clube rubro-negro poderia lucrar mais ainda se seguisse os exemplos de Corinthians e Palmeiras, segundo e terceiro colocados no ranking de arrecadação na competição. Se dividirmos o total de renda pelo público acumulado, a média de preço de ingressos do Fla é de R$ 17,14, enquanto a do Verdão é de R$ 36,28 e a do Timão de R$ 32,89. Confira a tabela completa abaixo:

O coordenador de arrecadação e fiscalização do Flamengo, Flávio Pereira, acredita que, de fato, o clube deveria pensar em lucrar mais com a renda nos estádios, desde que tenha responsabilidade.

- Acho que o preço praticado no Rio não chega a ser baratinho, mas hoje está defasado e precisa ser revisto. Se você levar em conta o custo do estádio, as gratuidades praticadas aqui para menores de 12 e maiores de 60 anos, que, em outros lugares, pagam meia-entrada, há uma série de complicações. O ingresso mais barato para o show da Madonna custou R$ 200, uma ópera no Teatro Municipal é R$ 300 e o cinema, que não tem ninguém ao vivo no local, está em média R$ 30. Mas, quando você aumenta um pouco o ingresso, a imprensa faz um estardalhaço, e depois o Ministério Público vem pedir explicações - lamentou Flávio Pereira.

No Rio, Botafogo e Fluminense têm médias de ingressos ainda mais baixas de R$ 13,41 e R$ 11,77, respectivamente. Para Pereira, o fato de mandar seus jogos no Engenhão, estádio arrendado junto à prefeitura do Rio, permite ao Botafogo baratear as entradas. Pelos lados do Tricolor das Laranjeiras, o dirigente do Fla acredita que a má campanha da equipe no Brasileirão pode ter sido um fator decisivo. Para não jogar no Maracanã vazio na luta contra a degola, o clube decidiu diminuir o preço dos bilhetes para ter mais apoio dos torcedores em detrimento de uma boa renda.

Em São Paulo, Fábio Raiol, diretor financeiro do Palmeiras, explicou o porquê dos ingressos serem mais caros em média no Palestra Itália do que em todas as outras praças esportivas utilizadas na Série A do Brasileirão.

- A decisão de cobrar mais caro pelos ingressos foi tomada por causa do baixo número de assentos disponíveis no Palestra Itália. São entre 23 e 24 mil lugares. Como tínhamos uma necessidade de fazer caixa para manter um time competitivo, subimos o preço. Poderemos resolver isso com a construção da Arena Palmeiras com diversificação de setores, alguns mais caros como camarotes, outros mais baratos - contou Fábio.

O diretor palmeirense acredita que o Corinthians no Pacaembu siga o mesmo raciocínio com um agravante, já que o campo é municipal e há taxas obrigatórias que o Verdão não paga, por exemplo, por utilizar um estádio próprio. Para Raiol, a venda de ingressos vem aumentando a sua fatia de participação na receita a cada temporada.

- A renda é muito importante. Até pouco tempo atrás, os valores arrecadados eram irrisórios. No Brasil, um ingresso custava em média U$ 6 (R$ 10,35), enquanto na Europa e nos Estados Unidos girava em torno de U$ 40 (R$ 69,02). Hoje em dia, 14% da nossa receita no futebol vêm da renda no estádio - complementou. Vale ressaltar que a média geral de preço no Brasileirão é de R$ 18,35.

Outro caso que merece destaque é o do Santo André. Em sua primeira temporada na Série A, a diretoria seguiu a lógica de "estádio pequeno, ingresso caro". A maior parte dos jogos no Bruno José Daniel tiveram o ingresso de R$ 30 como o mais barato, sem contar a meia-entrada. Com isso, o Ramalhão tem a terceira maior média de preço do Brasileirâo: R$ 26,18, maior até que a do São Paulo. O gerente administrativo Alessandro Gonçalves explicou os motivos desta decisão da diretoria andreense.

- Temos a dificuldade do próprio estádio com poucos lugares. São cerca de 15 mil. Na média, adotamos um valor para buscar o equilíbrio, e que já vinha sendo praticado no Campeonato Paulista: R$ 30. Quando baixamos para R$ 20, não tivemos o retorno esperado, porque o time já estava numa situação complicada. Os jogos contra Corinthians (em São José do Rio Preto) e São Paulo (em Ribeirão Preto) foram administrados por uma empresa de fora, que definiu até preços mais altos - explicou o dirigente do clube do ABC paulista.

Já o Atlético-MG, que foi o clube que mais levou torcedores ao estádio no Brasileirão 2009, cobra em média R$ 14,30 pelas entradas. Cerca de 730 mil atleticanos prestigiaram o clube do coração no Mineirão neste ano, mas o clube deixou de lucrar com estas rendas. Mesmo assim, o Galo é o quinto que mais arrecadou na competição.

Dinheiro das rendas nem sempre retorna ao futebol

Mas para onde vai esse dinheiro todo? Historicamente, clubes sociais criaram departamentos de futebol, que são vinculados ao todo e não independentes como poderiam ser para gerir a sua própria receita. Isso faz com que o Palmeiras, por exemplo, tenha que cobrir eventuais despesas do clube que nada tenham a ver com futebol com os lucros de rendas ou patrocínios.

- O ideal era reverter todo esse dinheiro para o futebol, melhorando o CT e pagando os salários dos profissionais. Mas a realidade dos clubes sociais é diferente. O Palmeiras até tem uma boa receita social, que, infelizmente, não é o suficiente para cobrir o déficit do clube. E, ao contrário do que muitos falam sem saber, o futebol alviverde é superavitário e acaba tendo que ajudar outros setores - disse Fábio Raiol.

No Flamengo, a situação não é muito diferente tanto que apenas um setor financeiro cuida tanto do clube social quanto do futebol rubro-negro.

- Esse dinheiro vai para o nosso departamento de finanças, que decide as prioridades no clube para distribuir a renda. Não necessariamente essa arrecadação vai para o futebol - afirmou Flávio Pereira.

Também clube social, o Santo André profissionalizou o seu departamento de futebol e, mesmo sem uma renda expressiva, há, ao menos, a certeza de que o dinheiro foi usado na equipe e na estrutura por trás dos atletas e da comissão técnica.

 

 

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