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Brasil

FHC nega novo partido e diz que PSDB precisa falar ao povo

10 Nov 2006 - 08h57

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta quinta-feira que o PSDB precisa ter "ligação direta com o povo" para vencer eleições futuras e rechaçou a possibilidade de criação de um novo partido por tucanos. Falando a investidores em Nova York (EUA), Fernando Henrique disse que o PSDB tem um "problema bom" que é a abundância de líderes capazes de disputar a Presidência em 2010. Segundo ele, o candidato ideal precisa ter entusiasmo e saber expressar com propriedade as propostas do partido.

"A maioria dos partidos não tem líderes capazes de serem candidatos. Então nós temos um problema bom e temos que acomodar todas essas boas lideranças que nós temos no partido", discursou o ex-presidente, em inglês, mencionando especificamente o candidato derrotado nas eleições presidenciais deste ano, Geraldo Alckmin, os governadores José Serra, eleito, e Aécio Neves, reeleito.

"Às vezes nós temos rumores de que um desses líderes vai criar um novo partido ou vai ingressar em outro partido. Isso são rumores porque mudar de partido não é uma decisão fácil", disse ele em evento organizado pelo Conselho das Américas. Serra, segundo a imprensa brasileira, estaria cogitando a criação de um novo partido de centro-esquerda, caso a disputa interna no PSDB pela próxima candidatura presidencial se torne extrema. Sobre Aécio, há especulações de que poderia trocar o PSDB pelo PMDB.

Após a conferência, no entanto, Fernando Henrique foi específico: disse ter conversado recentemente com Serra e garantiu que o "rearranjo partidário" defendido pelo governador eleito se trata de um esforço para aumentar a comunicação do partido com a sociedade. "Os partidos envelheceram nesse sentido, ficaram cuidando só deles próprios em vez de cuidar mais do País. Eu acho que é nessa direção que precisa de um rearranjo", disse.

Fernando Henrique também criticou os modelos ideológicos dos partidos brasileiros ao ser perguntado por uma integrante da platéia se o PSDB deveria se aproximar ou de legendas da direita ou da esquerda. "Eu não sei se o PSDB precisa caminhar mais para a direita ou para a esquerda. Ele tem que caminhar para a frente", disse ele, argumentando que, na América Latina, a ideologia da esquerda se baseia na defesa de mais intervenção estatal e numa postura contrária aos Estados Unidos e à globalização.

"E o que é a direita?", continuou. "A direita é nada. A direita é clientelismo, é usar o Estado para ter vantagem. Em outros países há um pensamento mais conservador, mas nós não temos isso no Brasil." "Esse tipo de direita e de esquerda, ambas são retrógradas."

 

 

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