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Brasil

Fenaj descarta que conselho de jornalismo seja censura

11 Ago 2004 - 07h10
Representantes da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) afirmaram hoje que a criação do Conselho Federal de Jornalismo e dos conselhos regionais, encaminhada na semana passada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso, é uma proposta da categoria, não do governo. Segundo Ghedini, como se trata da criação de uma autarquia, o projeto teria que, obrigatoriamente, ser encaminhado ao Parlamento pelo Executivo. “É desinformação pensar que o governo quer controlar a mídia. A proposta de criação do conselho vem sendo debatida há mais de 20 anos pela categoria e foi aprovada em três congressos de jornalistas”, disse o jornalista, em coletiva no Congresso.

Ghedini também afirmou que a proposta não visa ao controle da imprensa, como vem sendo noticiado. “Falar que o conselho é uma forma de censura é desinformação. O conselho visa conferir o registro profissional e fiscalizar o exercício ético da profissão”, disse o vice-presidente da Fenaj e presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Fred Ghedini.

De acordo com os representantes da Fenaj, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apóia a proposta de criação do conselho, “mas isso não quer dizer que ele queira manetear a mídia”. Ghedini garantiu que o presidente Lula não tem nenhum interesse de controlar a imprensa. “Isso aí é totalmente contraditório com o histórico dele, de luta pela liberdade. Então, é um absurdo dizer isso”, acrescentou Ghedini.

Durante a entrevista, da qual também participou o primeiro-secretário da Fenaj e presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Aloísio Lopes, os representantes da federação reclamaram que estão sendo massacrados pela imprensa nos últimos dias por causa da proposta de criação do Conselho Federal. Eles lembraram que, das 61 matérias publicadas sobre a proposta, 60 eram contra a Fenaj e apenas uma a favor.

Os jornalistas disseram que a entidade não foi ouvida para a elaboração das matérias e que todas elas criticavam, sem dar a oportunidade à Fenaj de colocar sua posição. “Fazer matérias contrárias, sem ouvir os dois lados, não condiz com a condição do jornalismo e com a finalidade da imprensa”, afirmaram os representantes da federação. Eles afirmaram também que a imprensa está fazendo um trabalho de desinformação, em que a população não sabe o que está acontecendo.

Aloísio Lopes informou que a proposta de criação do conselho foi apresentada durante o governo passado, mas não chegou a ser encaminhada ao Congresso. Segundo ele, em fevereiro de 2003, a Fenaj apresentou o anteprojeto ao então ministro do Trabalho, Jaques Wagner, que o repassou à Consultoria Jurídica para análise.

Lopes e Ghedini informaram que, no dia 7 de abril deste ano, dirigentes de 17 sindicatos de jornalistas tiveram audiência com o presidente Lula, ao qual pediram apoio para o envio do projeto ao Legislativo, já que a criação de autarquias é competência exclusiva do Executivo.
 
 
Agência Brasil

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