Fechado a quase um mês o Banco de Leite promete reabrir as portas nesta quinta-feira. O Douradosagora e jornal O PROGRESSO, mostraram a problemática enfrentada pelo setor. Sem a contratação de servidores, após a transição do Hospital da Mulher com o Hospital Universitário, a entidade teve que fechar.
O serviço era prestado por especialistas treinados pelo Ministério da Saúde. Cerca de 15 bebês prematuros por mês eram atendidos mensalmente. Mais de 50 mães faziam a doação do leite materno. Em nota a prefeitura de Dourados disse que prefeita interina, Délia Razuk, autorizou nesta quarta-feira a contratação emergencial de funcionários para trabalhar no Banco de Leite, que atende recém-nascidos em risco nutricional.
A contratação temporária, válida por 30 dias, foi a saída jurídica encontrada pela prefeitura para garantir a manutenção do programa, uma vez que a Câmara de Vereadores ainda não votou o projeto de lei que pede autorização para a contratação da equipe através da Fundação Municipal de Saúde.
Instalado no Hospital da Vida, o Banco de Leite era ligado ao Hospital da Mulher e com a transferência dos serviços do HM para o Hospital Universitário, passou a ser de responsabilidade do HU.
Entretanto, como o Hospital Universitário ainda não conseguiu resolver o problema da contratação de funcionários para a nova estrutura, a prefeita Délia Razuk decidiu encaminhar no início deste ano um projeto de lei à Câmara, pedindo autorização do Legislativo para que a equipe que trabalhava no Banco de Leite fosse contratada pela Fundação Municipal de Saúde.
O Executivo requereu a inclusão do projeto na sessão extraordinária inicialmente marcada para o dia 11, mas que não ocorreu até agora.
“Como havia estoque de leite materno, acreditávamos que a Câmara fosse votar o projeto a tempo de evitar a escassez do produto. Só que a Câmara não realizou a sessão extraordinária para votar os projetos encaminhados pelo Executivo e o estoque acabou nesta semana”, afirmou Paulo César Nunes, presidente da fundação.
Segundo ele, desde o dia 21 deste mês estava em tramitação na prefeitura o pedido de contratação emergencial da equipe. Nesta quarta-feira, após parecer da Secretaria Municipal de Administração, a prefeita assinou a ordem de contratação.
“Vamos contratar imediatamente as pessoas que já trabalhavam no Banco de Leite, inclusive os dois técnicos que fazem a coleta de leite nos bairros. Tomamos todas as providências para que o problema não acontecesse, mas a demora na votação do projeto para contratação da equipe prejudicou o cronograma”, explicou Paulo César.
Com a contratação temporária dos funcionários pela Secretaria Municipal de Saúde, o Banco de Leite continuará funcionando normalmente. A prefeitura espera que dentro desses 30 dias a lei seja votada e o problema definitivamente resolvido.
A coordenadora do programa, Simoni Espinosa, disse que já nesta quinta-feira a equipe volta a trabalhar. “Vamos contatar as mães, retomar as reuniões, convidar novas mães a se cadastrarem e retomar a coleta nos bairros”, informou.
Segundo ela, o programa nunca deixou de funcionar, mas como não havia equipe para a coleta de leite e para as reuniões com as doadoras, o estoque acabou se esgotando.
Simoni Espinosa destacou o apoio da prefeita Délia Razuk. “A Délia sempre apoiou nosso programa. Ela é a madrinha do Banco de Leite e mais uma vez agiu rápido para garantir o atendimento”, afirmou a coordenadora.
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